Pular para o conteúdo
Cotidiano

No Dia do Infectologista, profissionais de MS lembram ‘cenário surreal’ até a salvação com vacina contra covid

Nesta segunda-feira, 11 de abril, é celebrado o Dia do Infectologista, profissionais que foram essenciais na prevenção, diagnóstico e tratamento da covid
Graziela Rezende -
vacina covid-19 campo grande
(Foto: Leonardo de França/Jornal Midiamax)

Ainda soa estranho, mas o discurso dos já é no passado: tivemos a , superamos a doença, a vacina fez a diferença e veio para nos proteger, seguimos a orientação da ciência e por aí vai. De dois anos para cá, a vida pós-pandemia mudou radicalmente e a maioria das pessoas aprendeu a conviver com o novo coronavírus, embora os infectados tenham, para sempre, tristes relatos do que foi ter o vírus dentro de si, além daqueles que perderam entes queridos e tiveram cerca de 2 horas, entre velório e enterro, para uma despedida. 

E como a vida tem um valor inestimável, aqueles que fizeram um juramento para salvar são os que mais sofrem ou, ainda discursando no passado, foram os que mais sofreram ao lidar com morte em ambientes hospitalares. Acreditando fielmente na ciência e aguardando a chegada da vacina, os infectologistas estão entre as categorias médicas que mais trabalharam, intercalando horas exaustivas em hospitais com o acompanhamento de estudos sobre as doses de covid. 

Nesta segunda-feira, 11 de abril, é celebrado o Dia do Infectologista. A data foi criada pela SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), há 17 anos. A intenção principal é homenagear os profissionais da saúde que atuam na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas. Em , assim como em qualquer lugar do mundo, esses profissionais foram essenciais no combate à doença. 

Médica resume momentos vividos como surreais

A infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Unimed, Haydee Marina do Vale Pereira, de 52 anos, resume como “surreais” os momentos vividos nestes últimos dois anos, enquanto esteve na linha de frente de combate da covid.

“É uma doença de natureza viral e nós sempre, em todas as epidemias e a pandemia que houve, estamos enfrentando, por ser a nossa especialidade. Este profissional já sabe que vai enfrentar problemas como este ao longo da vida, como ocorreu com a dengue, por exemplo. A Aids também é um exemplo, pois, estamos enfrentando esta doença há muito tempo, então, para a infectologia, tudo isso e mais a pandemia, foi algo surreal”, disse Haydee ao Jornal Midiamax

No hospital, ela ressalta que os profissionais da área se dividiam entre pronto-socorro, enfermaria e UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Foi assim sete dias por semana, 24 horas por dia. A gente acompanhava não só os pacientes como os profissionais também. Teve muita gente da linha de frente adoecendo, como técnicos de enfermagem, o pessoal do laboratório e alguns médicos. Hoje estamos em outro momento, no controle da doença. A média agora é de 3 casos no máximo ao dia”, argumentou. 

Sobre a vacina, a infectologista ressalta que, mais uma vez, a produção deste anticorpo é quem está trazendo a cura para a covid. “Estamos acompanhando agora o número de internações e aí é um ou outro, principalmente idosos, que são acometidos pela doença. As pessoas estão se vacinando e a covid deve se tornar uma doença sazonal, vai se comportar desta maneira. A vacina veio para nos proteger e as pessoas devem sempre estar tomando as doses”, explicou. 

Secretário de Saúde de MS, – (Foto: Marcos Ermínio, Jornal Midiamax, Arquivo)

O ex-secretário Geraldo Resende, que atuou na SES (Secretaria de Estado de Saúde) desde o início da pandemia, falou que o apoio dos infectologistas foi fundamental. “Nós seguimos a orientação da ciência e tudo o que foi aconselhado por estes profissionais. Aqui em Mato Grosso do Sul, inclusive, tivemos reconhecimento nacional, pelo enfrentamento da doença. Foi uma enorme contribuição que eles [infectologistas] nos deram e fizemos o melhor”, avaliou. 

Infectologia ficou em evidência, diz médica

Profissional da área há 20 anos, a infectologista Priscilla Alexandrino argumenta que a especialidade dela não só analisa a doença do paciente, mas também o contexto econômico, social e cultural, o que interfere no modo de transmissão das doenças. 

“Estes fatores interferem nas patologias e transmissibilidade das doenças, então a infectologia é uma especialidade que acaba se preocupando com o contexto socioeconômico e cultural e, nesses últimos dois anos, nós fomos uma especialidade muito cobrada. Ficamos em evidência, trabalhamos excessivamente e tentamos fazer o melhor em prol da humanidade. Acho que, mais do que nunca, os infectologistas merecem todas as homenagens e aplausos pelo esforço que tiveram para que as pessoas pudessem sobreviver para a chegada das vacinas e para manter a ciência como nossa luz e nossa norteadora”, finalizou a infectologista.

Ambiente hospitalar, em Campo Grande. Foto: HRMS/Divulgação

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Morto após cair do 4º andar da Santa Casa era pós-doutor em odontologia

Privatização do HRMS vai a leilão no segundo semestre e pode chegar a R$ 954 milhões

‘Não queria me soltar’, disse acusado de matar comerciante na ocupação da Homex em Campo Grande

Comitê criado em Dourados discute políticas públicas para refugiados, migrantes e apátridas

Notícias mais lidas agora

MPMS gastou R$ 496 mil com concurso para promotor com 100% dos candidatos reprovados

Dois anos depois, escândalo que abalou Sidrolândia segue sem julgamento

Morto após cair do 4º andar da Santa Casa era pós-doutor em odontologia

onça vira gatinha e faz show para turistas em safari ms pantanal

VÍDEO: Onça age como gatinha e faz ‘show’ para humanos no Pantanal de MS

Últimas Notícias

Brasil

Justiça condena comediante Léo Lins a oito anos de reclusão por intolerância contra minorias

Léo Lins terá que pagar multa equivalente a 1.170 salários mínimos

Brasil

Morre aos 92 anos Niéde Guidon

Causa da morte não foi revelada

Polícia

Polícia Federal incinera 30 Toneladas de drogas aprendida durante operações em Dourados

Na terça-feira (3), a PF (Polícia Federa) realizou a segunda incineração de entorpecentes do ano em Dourados. As drogas destruídas totalizaram 30 toneladas de drogas, incluindo 29.444 kg de maconha e 593 kg de cocaína. As drogas incineradas são provenientes de apreensões realizadas ao longo do ano, fruto do trabalho conjunto da Polícia Federal e … Continued

Cotidiano

Para atualizar regras, Anac abre consulta pública sobre operação de drones no país

Consulta Pública nº 09 vai receber propostas até o dia 18 de julho