Há um mês e meio manifestantes mantêm acampamento no canteiro da Avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste) de Campo Grande. Nas barracas e tendas que abrigam o grupo, se destacam pedidos estampados em faixas e cartazes fixados ao longo do espaço ocupado. 

Enquanto justificam que o ato é “pela ordem e liberdade”, os manifestantes pedem “intervenção federal” e “socorro às Forças Armadas”. “SOS Forças Armadas, salvem a Nação Brasileira”, diz um dos cartazes. 

Na extensão da Avenida, tomada pelas cores verde e amarela e bandeiras do Brasil, seguem estacionados diversos automóveis em área proibida. Cavaletes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) foram colocados às margens do canteiro para impedir a parada dos carros, ainda assim, os veículos permanecem no local com as placas escondidas por panos.

Recentemente, moradores do entorno do CMO entregaram um ofício à Câmara Municipal de Campo Grande, pedindo a retirada dos manifestantes que se concentram na região. Vizinhos reclamam de barulho e mudança na rotina com os protestos de eleitores inconformados com o resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva presidente do Brasil

Cerca de 13 pessoas estiveram na Câmara para entrega do documento formal sobre a reclamação.

Operação em Campo Grande 

Na manhã desta quinta-feira (15), a PF (Polícia Federal) cumpre 81 mandados de busca e apreensão contra pessoas envolvidas em bloqueio de rodovias nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Acre, Amazonas, Rondônia e no Distrito Federal. As medidas foram determinadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

Um dos mandados está sendo cumprido no bairro Rita Vieira, em Campo Grande. Ainda não há informações sobre os locais onde os agentes irão em Mato Grosso do Sul.