Na periferia de Campo Grande, no bairro Nova Lima, a busca por exercer o direito ao voto ocorre logo na primeira hora, quando as cabines são abertas. Isso porque, logo após votarem, a maioria precisa ir ao trabalho cumprir o expediente. A classe trabalhadora irá acompanhar os resultados das Eleições de 2022 na lida.

Na Escola Estadual Lino Vilacha, na Rua Jerônimo de Albuquerque, a eleitora Jussara Tores Domingues, de 52 anos, foi acompanhada do neto de 10 anos. “Vou trabalhar hoje. Meu patrão vai fazer um churrasco depois, e por isso, vim mais cedo, a patroa falou para eu votar primeiro e ir depois. Às 8h30 tenho que estar lá. [Não deixaria de vir] de jeito nenhum, é o dever do cidadão”, pontua.

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(Foto: Raziel Oliveira/Midiamax)

Também tendo que cumprir expediente, o eletricista Carlos Tadeu, de 37 anos, revelou que volta para trabalhar às 11h e que preferiu votar assim que abrisse o portão para votação. “Tenho que exercer o dever de cidadão mais cedo, para gente tentar ter um Brasil melhor, coisa que está difícil, mas a gente tenta”.

Leticia Lopes, 38 anos, é vendedora, foi junto com a mãe, de 75 anos, para a seção. “Vim mais cedo para poder trazer a minha mãe. Toda vida ela fez a gente acordar cedo e exercer a cidadania e tentar mudar alguma coisa”.

Cobrador, José Barbosa, de 40 anos, foi levar a esposa para o local, acordou às 5h para cumprir o dever. Ele ainda diz que o hoje é dia de encontro com pessoas conhecidas nos locais de votação. “Aproveitar o dia e ir no Tiradentes, onde voto. Para não perder o costume nem transferi e lá vejo gente que nem lembrava que existia, gente conhecida”.