Mesmo com baixa procura, Campo Grande não vai prorrogar campanha da Poliomielite

As doses seguem disponíveis nas 73 unidades básicas de saúde de Campo Grande

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Vacina contra a polio é a famosa gotinha. (Foto: Midiamax/Arquivo)

A imunização das crianças entre 1 e 4 anos na campanha de vacinação contra a poliomielite teve um fraco desempenho em Campo Grande, mesmo com a prorrogação do dia 8 de setembro. A campanha acabou neste sexta-feira (30).

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), apesar da deliberação do Ministério da Saúde e da prorrogação em outras capitais do Brasil, Campo Grande não vai estender a campanha. Do público alvo, que soma 57 mil pessoas, apenas 12.177 mil receberam a dose, o que representa cerca de 21,3% da meta.

“As vacinas continuam disponíveis nas unidades de saúde e o município continuará realizando ações para tentar ampliar a cobertura vacinal”, informou a pasta ao Jornal Midiamax. As doses seguem disponíveis nas 73 unidades básicas de saúde da Capital.

A campanha de multivacinação em Campo Grande, que inclui todas as vacinas, também terminou hoje. Ao todo, foram aplicadas 24 mil vacinas, mas, segundo a Sesau, cerca de 130 mil moradores têm vacinas atrasadas em Campo Grande. 

Poliomelite

Pelo menos 500 mil crianças no País não foram vacinadas contra a poliomielite. Esse número alto de pessoas sem proteção contra a doença levou a Opas (Organização Panamericana de Saúde) a incluir o Brasil na lista dos oito países da América Latina com alto risco de volta da infecção.

De acordo com a Opas, braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) na América Latina, as baixas taxas de vacinação nesses países são um perigo para todo o continente. A região não registra um único caso da doença desde 1994.

O Brasil, que já teve uma cobertura de 95% da vacina da poliomielite, atualmente registra uma das mais baixas de sua história, 67%.

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