Com o feriado do Dia de Finados, famílias resolveram realizar o tradicional churrasco em meio à manifestação em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste). Até mesmo um cavalo foi levado para a avenida Duque de Caxias. Todas as vias tomadas pelo protesto nesta quarta-feira (2).

O microempresário Erik Silveira, 40 anos, é um dos que aproveitou o protesto para assar carne com amigos. Assim, o churrasco contou com cerca de 12 pessoas convidadas e 30 kg de carnes, que vão de picanha até ponta de costela.

“Hoje é feriado, como todo bom brasileiro, gosto de churrasco. Ao invés de ficar cada um na sua casa, nos unimos para representar o país”, disse Erik. Então, a abundância de carne chamou atenção e outros manifestantes até perguntavam se o churrasco estava à venda.

No entanto, o manifestante disse que ofereceu de graça a carne aos protestantes. “Fizemos várias amizades”, afirmou.

Até cavalo participou

Destaque entre a multidão, o cavalo Haidas Lil Misty foi levado de trailler até a manifestação. O dono do animal Quarto de Milha, Prudêncio Thomaz, 76 anos, disse que Haidas é treinado e costuma ser utilizado em esportes.

“O meu esporte é cavalo, esse cavalo é um animal de esporte que uso, é um atleta. Como hoje é um dia especial, trouxe ele no trailler”, disse. Assim, o produtor rural, fã de cavalos, resolveu cavalgar na manifestação por um trajeto de 500 metros.

Com 11 anos, Haidas está com Prudêncio há 9 anos e não estranhou a multidão. “É um animal que sempre está em eventos, é bem adestrado. Um atleta bem educado”, brincou sobre o animal.

Por fim, o produtor destacou que tem proximidade com animais. “Desde menino, meus pais transportavam gado, nasci convivendo com animais”, disse na manifestação.

Conforto

A procura por conforto fez a servidora pública Zenilda Amaral de Matos, 47 anos, levou um guarda-sol para a manifestação. Então, com o marido e outras oito pessoas, ela disse que sentiu frio em sombras de árvores e buscou um lugar no meio dos manifestantes.

“Sempre usamos na praia, mas como é um evento popular, resolvemos trazer”. O marido dela, João Kennedy, destacou que estão protestando “pela liberdade do nosso país”.

Então, lembraram que o item praiano está na família há dois anos e custou R$ 500. No entanto, destacam que valeu a pena, pois o material ‘não esquenta com o sol’.