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Cotidiano

Mais de 100 pessoas em situação de rua foram abordadas na semana mais fria do ano; saiba como funciona o serviço

Deitados no chão, enrolados em poucos cobertores, ou até mesmo tomando pinga e improvisando fogueiras, moradores em situação de rua enfrentaram uma semana de frio em Campo Grande, encarando temperaturas geladas de sensação térmica de 2°C. O acolhimento municipal realizou 106 atendimentos em ruas da cidade, entretanto, a maioria recusa ajuda para ir a um … Continued
Karina Campos -
abordagem sas
(Foto: Divulgação/SAS)

Deitados no chão, enrolados em poucos cobertores, ou até mesmo tomando pinga e improvisando fogueiras, moradores em situação de rua enfrentaram uma semana de frio em , encarando temperaturas geladas de sensação térmica de 2°C. O acolhimento municipal realizou 106 atendimentos em ruas da cidade, entretanto, a maioria recusa ajuda para ir a um abrigo.

Do total de abordagens da semana, apenas 31 aceitaram sair do relento e passar a noite em abrigos municipais. A equipe da SAS (Secretaria de Assistência Social), por meio da Seas (Serviço Especializado de Abordagem Social), até tenta convencer pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade a ir para um abrigo.

Das abordagens semanais, 75 recusaram o atendimento. Para quem renuncia o encaminhamento, as equipes doam cobertores — ao todo, foram doados 74 unidades. O morador em situação de rua também recebe orientação sobre o serviço, caso mudem de ideia e aceitem o apoio.

Segundo a SAS, não há um lugar específico onde a equipe vai. Nas andanças, passam por pontos da região central, praças, viadutos e espaços públicos onde têm maior concentração de pessoas nesta situação, principalmente nas imediações da antiga rodoviária. A van sai para os plantões abastecida de cobertores.

Alguns chegam a receber questionamentos sobre deixar quem recusa na rua, mas a Constituição Federal garante que, mesmo com a oferta, a pessoa tem opção de aceitar ou não a ajuda.

Muitos são usuários de drogas, contudo, o objetivo preliminar é estabelecer vínculos com eles e assegurar o trabalho social de abordagem. Outro ponto é identificar se há incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua, dentre outras.

Assim, o objetivo é construir uma conversa amigável para que entendam o processo de sair das suas, oferecer a possibilidade de condições de acesso à rede de serviços e benefícios assistenciais, sensibilizar a pessoa abordada sobre o risco social, situação de vulnerabilidade que se encontra neste momento e oferecer o acolhimento institucional ou encaminhamento para tratamento da dependência química em Comunidades Terapêuticas por meio da parceria com a SDHU (Subsecretaria de Direitos Humanos).

acolhimento pessoas em situação de rua
Van da equipe com reforço de cobertores em dias mais frios. (Foto: Divulgação/SAS)

“Dessa forma, a abordagem social constitui-se em um processo de trabalho planejado de aproximação, escuta qualificada e construção de vínculo de confiança com pessoas e famílias em situação de risco pessoal e social nos espaços públicos para atender, acompanhar e mediar acesso à rede de proteção social por meio da equipe do serviço e/ou denúncias da população e/ou por meio de busca ativa nos territórios”, informa a secretaria.

Para onde são levados?

A Capital tem quatro unidades de acolhimento institucional disponíveis, somando 280 vagas para pernoite de adultos e famílias:

  • UAIFA 1 (Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias)

– Endereço: Rua Jornalista Marcos Fernandes, S/Nº – Bairro Veraneio / Parque do Poderes. Capacidade para acolhimento de 100 adultos e/ou famílias.

  • UAIFA 2 / Cecapro (Centro de Capacitação Profissional)

– Endereço: Rua Evelina Figueiredo Selingardi, nº 1.440 – Bairro Parque do Sol. Capacidade para acolhimento de 50 adultos e/ou famílias.

  • Casa de Passagem Resgate

– Endereço: Rua Pepe Simioli, nº 96 – Centro. Capacidade para acolhimento de 80 adultos e/ou famílias.

  • Casa de Apoio aos Moradores de Rua São Francisco de Assis

– Endereço: Rua Monte das Oliveiras, nº 113 – Bairro Center Park. Capacidade para acolhimento de 50 adultos do sexo masculino.

Foto: Divulgação | PMCG

Qualquer pessoa pode ajudar a equipe. O atendimento acontece 24h por dia e conta com equipes de plantão. Por meio de ligações, os servidores especializados recebem informações e podem iniciar o trabalho de encaminhamento social.

Para informar as equipes sobre uma pessoa em situação de rua, os chamados são feitos pelo telefone funcional (67) 99660-6539 e (67) 99660-1469.

Conheça um pouco mais do serviço clicando aqui.

Madrugada deste sábado (21)

Equipes das SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social) de Campo Grande abordaram 16 pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social para oferecer abrigo e cobertores na madrugada deste sábado (21), que teve temperatura registrada de 8ºC. Do total de abordagens, 9 pessoas aceitaram passar a noite nos abrigos da secretaria.

Durante a ação, 7 pessoas recusaram atendimento e 15 receberam cobertores para se aquecer nesta noite gelada. Além disso, o Centro Pop também oferece café da manhã, almoço e lanche da tarde das 7h30 às 17h. Também são entregues cobertores e disponibilizado espaço para pessoas em situação de rua realizarem sua higiene pessoal e lavarem a roupa. O grupo de pessoas que aceita o acolhimento dos abrigos são encaminhadas para uma das quatro unidades da cidade.

* Matéria atualizada Às 12h01 a pedido da SAS para substituição dos números de telefone informados inicialmente

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