Maioria das escolas e Emeis fecha com greve em Campo Grande, segundo ACP

Pais e responsáveis teriam sido avisados com antecedência, garante sindicato

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Professores em frente à Prefeitura (Foto: Thalya Godoy)

Professores municipais mantêm a greve por falta de acordo com a Prefeitura de Campo Grande, sobre o reajuste escalonado. A paralisação começa nesta sexta-feira (2), fechando a maioria das unidades do ensino fundamental e Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil).

Em uma unidade da região central, a direção informou que a secretaria está funcionando normalmente, entretanto, os professores aderiram à greve. A escola conta com berçário de período integral e fundamental para crianças de até 5 anos.

Uma servidora, que preferiu não se identificar, informou que a comunidade escolar, pais e responsáveis, entenderam a reivindicação da categoria e que não houve reclamações. A secretaria está funcionando normalmente para serviços e dúvidas.

Em frente ao Paço Municipal, na Avenida Afonso Pena, professores aguardavam a chegada da passeata para protestar. Segundo a categoria, 30% do quadro dos servidores continuam atuando, respeitando a legislação. Algumas escolas não fecharam, seguindo decisão interna de cada unidade e da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública).

A comunidade escolar teria sido informada com antecedência de quais escolas estariam em funcionamento, garante sindicato. Durante o dia a categoria protesta em ruas da região central, desde a sede da ACP, na 7 de Setembro, até concentração no paço.

Prefeitura entra na Justiça

O procurador-geral do Município de Campo Grande, Marcelino Pereira dos Santos, ajuizou ação no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) pedindo que a greve dos professores seja declarada ilegal. A prefeitura não chegou a um consenso com a categoria sobre o cumprimento de acordo salarial.

Na petição inicial, Santos sustenta que o município foi formalmente informado na terça-feira (29) pela ACP que os professores entrariam em greve a partir de sexta-feira (2) por pelo menos uma semana.

O desembargador Sérgio Fernandes Martins, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), determinou no fim da tarde de quinta-feira (1º) que seja realizada oitiva com o sindicato antes de deliberar sobre o pedido da prefeitura para barrar a greve dos professores.

A ACP disse que foi notificada sobre a ação pela manhã. “O jurídico do sindicato está analisando a ação e tomará as medidas cabíveis”.

Reajuste escalonado

Secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Mario Cesar Fonseca de Oliveira, havia informado na última terça-feira (29) que a prefeitura está trabalhando para cumprir a lei que escalonou o reajuste de 67% para professores até 2024.

Mario Cesar reiterou que o município tem caixa para pagar 4,78% e tenta equilibrar as contas para garantir o restante dos 10,39%. Entretanto, a categoria não aceitou o acordo que pede o pagamento de 10,39% em novembro de 2022.

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