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Cotidiano

Inflação nos grãos: Empórios de Campo Grande fazem ‘malabarismo’ para faturar em meio à crise

Para não perder clientela, empórios substituem produtos e oferecem promoções
Karina Campos -
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Quilo ficou mais caro nos últimos três meses (Foto: Karina Campos/Midiamax)

Se quem vive de dieta e alimentação mais saudável foi obrigado a pagar mais caro em grãos, imagine os proprietários de empórios na renovação do estoque? Impactadas pela alta inflação, unidades de tiveram que buscar soluções viáveis como a substituição de produtos, promoções fora de época e oferecer o serviço delivery.

Gabriela Martelozo Pozzani, proprietária do Pistache, conta que o poder de compra no estoque reduziu em 30%. A unidade foi atingida pela e para não deixar de comprar algum grão ou cereal, preferiu diminuir a quantidade do quilo comprado para ficar nas gôndolas. “Diminui bastante o ticket médio. Reduzimos [compra do estoque] por cautela. Começamos a oferecer o serviço de entregas”.

João Camargo, consultor interno da Equilíbrio Empório, pontua que não houve queda no número de clientes, pois a maioria possui uma alimentação regrada, preferindo manter o padrão de consumo diário. Uma saída para oferecer mais comodidade ao cliente também foi a viabilização do delivery.

“Alguns preços praticamente dobraram e isso impactou em algumas reclamações por parte dos clientes, porém muitas reclamações [são] direcionadas à política atual porque sabem que infelizmente houve um aumento expressivo em quase tudo, combustíveis, carnes. Aumentamos a oferta através do marketing digital e isso ajudou muito a equalizar o volume de vendas para que não fosse preciso repassar o aumento real para o consumidor final”.

Para se ter uma ideia da alta, o quilo da semente de abóbora custava em média R$ 39 e, atualmente, Paula Dias Silva, da Bento Grão Armazém, paga R$ 52,50, um aumento de 33% no grão. Outros cereais lideram os produtos que mais encareceram, como a noz de mariposa, castanha de caju e farelo de aveia. O outro impasse é evitar repassar os valores para o consumidor.

“Tivemos que substituir castanhas por grãos mais baratos, como substitui a avelã por noz-pecã, também de outros produtos a granel. Tivemos e ainda temos muita escassez, vários produtos demoram para chegar, por falta no mercado e com o preço nas alturas. Daí, cabe a nós remanejar para atender os clientes. Agregar novos produtos tem ajudado não perdemos os clientes, porém, nos afeta quanto a alta dos preços. Temos que ser cautelosos para não assustar os clientes”.

Outros tipos de suplementos também foram atingidos, como explica Priscila Pompeu, gerente comercial do Nosso Empório CG. “Nossa compra é baseada na demanda, se está diminuindo o consumo reduzimos a compra para não ter perda, pois os produtos são perecíveis. Uma alta de R$ 2 já pode ser sentida no consumidor final. Antigamente comprava a castanha do Pará por R$ 8,90 a 100 g, hoje fica na média de R$ 13,90”.

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Na semente de abóbora, por exemplo, o aumento foi de 33% (Foto: Divulgação)

Produção que reflete nos empórios

Segundo os resultados do 11º Levantamento da de Grãos 2021/2022 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), apresentado na última quinta-feira (11), houve queda de -0,4% na produção de grãos no Brasil, o motivo considera o prejuízo causado pelas altas temperaturas de julho deste ano em todo Centro-Oeste, principalmente, em Mato Grosso do Sul, com a falta de chuva e calor acima de 3°C do que o mesmo período do ano passado, de acordo com o (Instituto Nacional de Meteorologia).

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