Incêndio em barracos do Noroeste teria começado após morador atear fogo em lixo

Por medo de ser linchado, morador ainda não voltou para casa

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O incêndio que desabrigou três famílias na Comunidade Esperança, próximo ao aterro sanitário do Jardim Noroeste, em Campo Grande, no fim da tarde de domingo (16), teria sido causado por um morador que ateou fogo em um acúmulo de lixo. Na manhã desta segunda-feira (17), eles tentam reconstruir com o que sobrou.

Marilza de Jesus Nogueira, 44 anos, conta que os moradores até tentaram apagar o fogo, mas as chamas atingiram rápido as madeiras e lonas dos barracos, por volta das 17h. A primeira casa seria de uma idosa, onde o fogo começou. Um morador, que seria usuário de droga, colocou fogo no lixo na frente do barraco dela. Ela ressalta que varria em frente a casa, quando alertou o rapaz sobre o perigo, mas ele gritou e disse que sabia o que estava fazendo. “Ele sempre faz isso”, disse.

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Marilza contabilizando os estragos do incêndio na manhã de hoje. (Foto: Henrique Arakaki)

Com mangueiras e baldes d’água, eles começaram uma força-tarefa, mas duas casas foram completamente destruídas. O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas já não podia ser feito nada. Na casa de Marilza, o fogo atingiu o banheiro, quarto e as telhas, eles conseguiram retirar o botijão de gás para não explodir. “Minha casa está destelhada”, desabafa.

No momento do incêndio, ele teria fugido por medo de ser linchado, já que os moradores começaram a gritar com ele. O rapaz ainda não retornou. A vizinha explica que a idosa não estava no local quando o acidente aconteceu, pois ela teria ido buscar alimento no presídio próximo, para as duas filhas adolescentes. “Ligamos para avisar e ela passou mal e foi dormir na casa do filho, no bairro Serraville”.

Hoje os moradores tentaram reconstruir e contabilizar o prejuízo. Na casa da idosa não sobrou nada. Roupas, móveis e toda a estrutura do barraco viraram cinzas. A situação se assemelha no barraco do morador que teria provocado as chamas. Para tentar reerguer, eles pedem ajuda. Quem puder ajudar com pedaços de madeira, telhas e mantimentos pode entrar em contato com a Marilza pelo telefone (67) 99151-6083.

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