Sem leitos, o esposo de Inês Silva, de 62 anos, foi internado em banco de fila de espera no ( Universitário Maria Aparecida Pedrossian) de para fazer um procedimento de cateterismo, nesta terça-feira (10).

Preocupada com as condições de saúde do marido, que tem 85 anos e doença renal crônica, Inês relata que após alguns minutos a equipe disponibilizou uma maca para o homem, mas que, devido à superlotação, ainda estão aguardando pelo procedimento médico no corredor do hospital.

O cateterismo precisa ser feito, uma vez que o marido de Inês sofreu um no final do mês de janeiro – na época, foi encaminhado da UPA Tiradentes para o HU para uma vaga na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde ficou dois dias em tratamento.

Por seu estado debilitado de saúde, o homem precisou receber alta para se reestabelecer em casa e então fazer o cateterismo. Após 3 meses, o esposo de Inês voltou nesta terça-feira (10) para a realização do procedimento médico.

Com a unidade hospitalar lotada e o atendimento ‘improvisado' em um banquinho da sala de espera, Inês explica que foi até a equipe médica solicitar uma maca. “Meu marido não vai ficar aqui sentado o dia inteiro”, afirma. Mesmo em uma maca, a esposa aponta que o corredor em que estão localizados está cheio.

Superlotado há meses

Em nota, o Humap informa que o hospital está superlotado há meses. “Não temos onde colocar mais pacientes e continuamos recebendo os mesmos através da regulação”, pontua a instituição.

Além disso, o hospital esclarece que já foram encaminhados documentos aos órgãos competentes acerca da sobrecarga, mas, ainda continua recebendo pacientes além de sua capacidade de atendimento.

Nos dados de atendimento de hoje, as alas pediátricas, verde, vermelha, obstétrica e maternidade estão superlotadas, uma delas com até 42 pessoas acima da capacidade de atendimento.