A paralisia infantil é uma doença contagiosa e sem cura que pode levar à perda de movimentos de membros do corpo. Para se prevenir é simples, basta tomar uma vacina. Porém, mesmo diante do risco, apenas 18% das crianças entre 1 e 4 anos de Campo Grande foram vacinadas contra a poliomielite na campanha iniciada em agosto.

A doença está erradicada no Brasil, mas é justamente por haver risco para as crianças, visto que o vírus ainda está circulante em alguns países, que a campanha está ocorrendo em todo o País. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é que 95% das mais de 57,4 mil crianças campo-grandenses nesta faixa etária sejam imunizadas.

O prazo para se vacinar contra a doença termina em 10 dias, no fim de setembro. “O perigo é que tenhamos o mesmo cenário que se apresentou em relação ao sarampo. Em 2019, Campo Grande registrou novamente um caso da doença, em uma criança que ainda não tinha recebido a vacina e havia viajado para São Paulo”, explica o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho. 

Segundo o gestor da pasta de saúde, cada novo caso fora do país representa um risco maior para os moradores de Campo Grande. Além desta campanha, acontece também a de multivacinação para atualização de caderneta, que tem como público-alvo crianças e adolescentes de até 14 anos. 

Cerca de 68 mil crianças e adolescentes foram até as unidades de saúde com seus pais ou responsáveis legais para verificar a necessidade da atualização da caderneta, e deste total, pouco mais de 19,7 mil receberam pelo menos uma dose que estava em atraso.