Estudo aponta Campo Grande como a 2ª capital brasileira com menos desperdício de água tratada

Os números são do estudo Perdas de Água Potável do Instituto Trata Brasil

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Estudo aponta que Campo Grande é a 2ª capital com menos desperdício de água
A Cidade Morena obteve bons índices e ficou atrás apenas de Goiânia

O Brasil desperdiça 40,1% da água tratada nos sistemas de distribuição, isto é, antes de chegar às casas dos brasileiros. O dado sobre desperdício de água é de uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto Trata Brasil, que apontou que essa quantidade seria suficiente para abastecer mais de 66 milhões de brasileiros em um ano, equivalente a um pouco mais de 30% da população brasileira em 2020. 

O número do desperdício de água é ainda mais chocante se pensarmos que há quase 35 milhões de brasileiros sem abastecimento de água potável. Os números são do estudo Perdas de água potável (2022, ano base 2020), do Instituto Trata Brasil, que evidencia que essa quantidade de água perdida nos sistemas de distribuição no Brasil representa um volume equivalente a 7,8 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçada diariamente ou mais de sete vezes o volume do Sistema Cantareira — maior conjunto de reservatórios para abastecimento do Estado de São Paulo. 

O ranking do estudo mostra Campo Grande na segunda posição entre as capitais brasileiras com menor índice de perda de água durante a distribuição. De acordo com o estudo, em Goiânia, o índice é de 18,7% e logo em seguida vem a Cidade Morena, com 19,3%.

Confira os números de Campo Grande com relação ao desperdício de água

Índice de Perdas na Distribuição: avalia, em termos percentuais, o nível de perdas da água efetivamente consumida em um sistema de abastecimento de água potável.

1 Nova Iguaçu (RJ) – 6,05

2 Santos (SP) – 14,00

3 Goiânia (GO) – 18,76

4 Limeira (SP) – 18,88

5 Campo Grande (MS) – 19,32

Índice de Perdas por Ligação: avalia o nível de perdas da água efetivamente consumida em termos unitários (l/dia/ligação)

1 Aparecida de Goiânia (GO)

2 Goiânia (GO)

3 Campo Grande (MS)

Municípios com Padrões de Excelência em Perdas de Água

1 Petrópolis (RJ)

2 Campinas (SP)

3 Limeira (SP)

4 São José do Rio Preto (SP)

5 Taboão da Serra (SP)

6 Campo Grande (MS)

O estudo também aponta que Goiás é o estado que menos tem perda de recursos hídricos em todo o País, seguido por Mato Grosso do Sul, com 27,66% e 33,57%, respectivamente. 

Confira o documento na íntegra

O desperdício de água acontece por diversas causas, tais como: vazamentos, erros de medição e consumos não autorizados. Esses desperdícios trazem impactos negativos ao meio ambiente, à receita e aos custos de produção das empresas, onerando o sistema como um todo, e, em última instância, afetando a todos os usuários.

“Neste sentido, o nível de perdas de água constitui um índice relevante para medir a eficiência dos prestadores de serviço em atividades como distribuição, planejamento, investimentos e manutenção. Não obstante, uma rede de distribuição sem perdas não é um objetivo viável em termos econômicos ou técnicos, existindo assim um limite inferior”, destaca o documento. 

A base de dados utilizada para compor o estudo sobre o desperdício de água é SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) e são referentes ao ano de 2020. Foram escolhidos quatro indicadores: dois índices de perdas no faturamento, um índice de perdas na distribuição e um índice de perdas volumétricas.

Embora em Campo Grande não sejam observadas graves consequências da crise hídrica, que assola outros estados brasileiros, “a implementação de planos e ações efetivas focadas na redução das perdas torna-se ainda maior com os recorrentes déficits hídricos em diferentes regiões do Brasil”, destaca o relatório. 

Conforme o estudo, para fins de comparação, consideram-se municípios com padrão de excelência em perdas aqueles que possuem indicadores inferiores a 25%. Em 2020, o índice nacional de perdas no faturamento foi de 37,54%, demonstrando uma piora em relação aos 37,39%, observados em 2019. Além disso, o índice nacional de perdas na distribuição, foi de 40,14%, também demonstrando uma deterioração ante os 39,24% auferidos em 2019.

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