Foi instaurado pela SED (Secretaria de Estado de Educação) processo administrativo disciplinar para investigar declarações dadas por um professor de Escola Estadual, em aplicativo de mensagens, sobre um esquema de atestados médicos para não dar aulas. O caso é conhecido pela pasta desde o fim de 2021, quando o áudio começou a circular.

A abertura do PAD é prevista na resolução SED 816, assinada em 5 de abril e publicada no dia seguinte no Diário Oficial do Estado. A condução da investigação sobre o esquema de atestados médicos foi repassada a três professores, que integram a comissão processante, conforme a resolução P SED 816, assinada pela secretária Maria Cecília Amendola da Mota.

Os trabalhos têm prazo de 90 dias para serem concluídos, conforme o edital. A reportagem do Jornal Midiamax apurou que, na próxima semana, devem ter início os depoimentos que vão subsidiar o relatório. As audiências devem ser realizadas na sala de videoconferência do Coted-SED (Coordenadoria de Tecnologia Educacional).

Procurados, integrantes da comissão informaram que o processo sobre o esquema de atestados médicos corre em sigilo e, por isso, não podem dar mais informações sobre o PAD.

‘Dou um truque’, disse sobre esquema de atestados médicos

Reportagem do Jornal Midiamax em 3 de dezembro passado trouxe o caso à tona. Em um áudio divulgado em redes sociais, o professor alega não trabalhar e ter um “esquema” para conseguir atestados e, assim, não lecionar.

Em meio a insinuações sobre ser “muito esperto” e risadas, o professor explica conseguir licenças por meio de atestados psiquiátricos. Ele afirma estar em readaptação e ter carga de 40 aulas, com 32 salas, algo que considera “desumano”. “Vou ficar readaptado, dou uma choradinha lá na psiquiatra, dou um truque”, afirmou. Conforme o portal da transparência, em março, a remuneração bruta do professor superou os R$ 12 mil.