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Cotidiano

Entregadores do Ifood fazem paralisação por melhorias e delivery fica ameaçado em Campo Grande

Motoentregadores de Campo Grande reivindicam mudanças para melhorias nas condições de trabalho no aplicativo
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Motoentregadores se concentram nos Altos da Afonso Pena e reivindicam melhorias no aplicativo
Motoentregadores se concentram nos Altos da Afonso Pena e reivindicam melhorias no aplicativo

Motoentregadores se reúnem na manhã deste domingo (20) nos Altos da Avenida Afonso Pena, em , para uma paralisação a favor de melhorias nas condições trabalhistas oferecidas pelo aplicativo Ifood. Segundo organizadores, são esperados que 150 motoristas paralisem as entregas até às 8h de segunda-feira (21). Com isso, serviço de delivery fica ameaçado em Campo Grande.

Junéko Barão, 37 anos, é o organizador da paralisação. Segundo ele ao Jornal Midiamax, os motoristas fazem três reivindicações. A primeira é que eles são contra a implementação do agendamento de corridas – ainda em fase de teste pela Ifood. Segundo Junéko, ação, se implementada pelo aplicativo, pode pré-determinar horários de trabalho, condição que os motoentregadores não querem.

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Junéko Barão pede por melhorias no app Ifood em Campo Grande (Foto: Ranziel Oliveira/Midiamax)

Além disso, eles também pedem pelo aumento da taxa mínima, que hoje está no valor de R$ 5,31.

“A economia do Brasil obriga a gente a ter um ganho maior, olha a o preço que está. Você anda cinco quilômetros para receber R$ 5,31 e paga R$ 6,40 no litro da gasolina”, afirma o organizador.

Já a terceira reivindicação é que o Ifood pague integralmente por dois pedidos de um mesmo restaurante. “Você pega uma corrida no shopping e entrega em dois pontos do Carandá. Na nota, um cliente pagou 14 reais e o outro 10 de taxa de corrida. Mas nós recebemos menos de 12 de reais”, lamenta Junéko.

Paralisação

Ainda conforme o organizador, o protesto está concentrado nos Altos da Afonso Pena, em frente ao Aquário do Pantanal. São esperados que cerca de 150 motoentregadores participem da ação. Eles vão até o MC Donald’s da mesma via e retornarão ao ponto inicial ao longo do dia.

Além disso, vão paralisar os serviços de entregas até às 8h de segunda (21). Restaurantes da Capital já foram avisados que grande parte dos trabalhadores não estará disponível nesse período.

Fernando Cesar, de 53 anos, também esteve no local na manhã deste domingo. À equipe de reportagem, ele alega que é contra o agendamento de corridas.

“Estamos o reivindicando melhoras no aplicativo, eu não tenho carteira registrada e querem fazer eu cumprir horário. Isso eu não entendo. Acho injusto, você ficaria obrigado sem receber salário fixo ou qualquer auxílio”.

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Casal participa de paralisação dos motoentregadores neste domingo (Foto: Ranziel Oliveira/Midiamax)

O mesmo acontece com Eder Cândido, de 20 anos. Acompanhado da namorada, Bruna Souza, ele afirma que as condições no Ifood não estão sendo vantajosas para os motoentregadores.

“Eu tenho trabalho fixo, o Ifood é um complemento, mas eu também vivo isso todo dia. A questão dessa taxa mínima e das rotas duplas precisa mudar”, conta. Para ajudar na rotina exaustiva, a namorada ajuda na hora de fazer as entregas.

“Eu tenho trabalho fixo e ele também. Durante a noite ele faz entrega e acabo vendo ele pouco. Eu acompanho ele nas entregas. Eu busco pedido no restaurante e entrego para o cliente e ele fica na moto, isso facilita bastante. Tem lugares que o cliente não desce e a moto fica sozinha”, comenta.

O que o Ifood diz

A assessoria de imprensa do aplicativo Ifood foi acionada. Ao Jornal Midiamax, o Ifood informou que não está previsto o agendamento de entregas em Campo Grande. Assim, a área responsável já notificou os entregadores por meio do aplicativo, corrigindo a informação enviada anteriormente.

Em nota, a empresa também informou que mantém diálogo constante com os profissionais. 

“Vale mencionar ainda os reajustes da taxa mínima e quilômetro percorrido em 2021, a criação de código de validação da entrega, seguros contra acidentes pessoais, lesão temporária, invalidez permanente e morte acidental no valor de até R$100 mil para os entregadores durante o período em que estiverem fazendo uma entrega com  a plataforma e também no “retorno para casa”. Além disso, a criação de um fundo temporário de combustível de R$ 8 milhões para minimizar o impacto da alta no combustível no dia a dia desses profissionais”, finaliza.

*Matéria atualizada às 16h58 para acréscimo do posicionamento do Ifood.

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