Em Campo Grande, venda de itens verde-amarelos ‘bomba’, mas procura por bandeira do Brasil é cautelosa
Conversando com o vendedor ambulante na Afonso Pena, muitos motorista afirmam que vão esperar a política passar para comprar a bandeira do Brasil, para evitar associação as eleições
Ranziel Oliveira –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Um dos principais símbolos do país, a bandeira do Brasil está à venda na internet, nas gôndolas das lojas e até nas calçadas de Campo Grande. Mas, diferente de outros itens com as cores tradicionais, o que mais se nota é receio de adquirir um exemplar na cidade. Sintoma de tempos de polarização política?
Para o vendedor ambulante Willian Saffe Rodrigues, de 44 anos, sim. Ele conta que enquanto vende itens verde-amarelo na cidade, conversa com motoristas e percebe que os clientes estão preterindo as bandeiras justamente devido a essa associação em Campo Grande.
Trabalhando no cruzamento da avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho, ele fica de segunda a sábado no local, vendendo pano de pratos, de chão, rosas e, agora, as bandeiras do Brasil.
“O pessoal está recusando, tem muita gente comparando com a política. Na sexta-feira passada (2), trouxe 10 e vendi só duas. Muita gente falou: ‘não vou pegar agora porque estão associando à política, mas acabando a eleição eu vou comprar com o senhor para usar na copa do mundo’”, relatou.
Enquanto isso, os outros produtos zeravam no estoque. “Os panos e as rosa estou vendendo bem, graças a Deus. Vendi todos os panos de prato hoje. E relativo, mas consigo tirar maias de um salário mínimo por mês”, disse ele.
Enquanto vende, Willian Saffe Rodrigues lida com a pergunta sobre em quem ele votará, mas a resposta é uma só. “Eu sou vendedor, não tenho partido. Pra mim, o que importa é fazer minhas vendas. Muita gente pergunta se sou Lula ou Bolsonaro, e eu falo que não tenho partido. Uma mulher até chegou a falar isso: Você está com o a rosa vermelha do PT e a Bandeira do Bolsonaro”, explicou.
Willian acredita que as vendas devem melhorar depois desse período eleitoral. “Na copa acho que vou vender bem”. Enquanto isso, continuam vendendo muito bem os outros produtos, até no PIX:
- Pano de prato 4 po R$ 10,00
- Pano de chão R$ 3 por 10,00
- Uma Rosa R$ 20,00
- Uma bandeira do Brasil R$10,00
O que pensam os motoristas
O Jornal Midiamax conversou com os motoristas que passavam na Afonso Pena para saber a opinião da população. No carro, o pintor automotivo Eduardo Garcia, de 33 anos, disse. “Se eu tivesse dinheiro compraria, porque sou patriota”, falou.
Pela janela do seu automóvel Helder Ramalho também falou que sim. “Compraria porque sou Brasileiro. Não associo patriotismo à política. Político não tem cor”, disse ele.
Também do seu veículo, a professora Jessiele de Oliveira lemes, de 37 anos, também disse que compraria a bandeira do Brasil. “Se eu tivesse dinheiro, sim. Por causa da Copa e porque sou professora, vou dar aula sobre a independência do Brasil. Mas, por política, jamais”, disse ela.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Motorista do Consórcio Guaicurus é flagrado usando celular enquanto transportava passageiros
- Idoso é encontrado morto após cair em lagoa no interior de MS
- Dívida de drogas teria motivado assassinato de ‘Pinguim’ em confraternização, segundo amigos
- Adolescente morre na Santa Casa dois dias após bater na traseira de carreta na BR-262
Últimas Notícias
Réptil que só existe no Pantanal some do mapa após incêndios devastadores: ‘não encontramos’
Encerrado o período dos incêndios, pesquisadores não encontraram mais nenhum exemplar da espécie, vivo ou queimado
Justiça extingue processo de candidatos do concurso para delegado em MS
Candidatos alegaram que banca organizadora não teria disponibilizado gravações das provas orais e espelho de correção dos critérios objetivos avaliados
Rapaz tem dentes quebrados ao ter casa invadida por grupo e ser espancado no Itamaracá
Rapaz foi agredido na cabeça e nas costas
Casos de mortes em confronto policial são arquivados pelo MPMS em Campo Grande
“A autoridade policial pode realizar novas pesquisas após o arquivamento do inquérito, se houver novas provas”
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.