Pular para o conteúdo
Cotidiano

Em audiência, MPT defende regulamentação de transporte por aplicativo no país

O debate ocorreu durante o "2º Seminário Trabalhista do Transporte Rodoviário de Cargas"
Mariane Chianezi -
Motoristas de aplicativo
Motorista de aplicativo | Foto: Ilustrativa/Midiamax

Em audiência pública realizada na manhã dessa quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados, o MPT (Ministério Público do Trabalho) defendeu a regulamentação do transporte por aplicativo no país e abordou sobre os seus reflexos na atividade de transporte de cargas.

O debate ocorreu durante o “2º Seminário Trabalhista do Transporte Rodoviário de Cargas”, realizado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara e solicitado pelo deputado federal Lucas Gonzalez (Novo-MG). 

O procurador do Trabalho Paulo Douglas Almeida de Moraes representou a instituição e alertou sobre os efeitos adversos resultantes das inovações tecnológicas, que promovem o barateamento da mão de obra diante da ausência de normas sobre trabalho em plataformas digitais. “Se nada for feito e se a estrutura jurídica continuar navegando nesse vazio legal e com esse nível de dubiedade, certamente teremos um futuro bastante desafiador para o segmento”, afirmou o procurador.

Ao relacionar a atividade de transporte de cargas com a rotina de trabalhadores de plataformas digitais, o procurador do Trabalho citou o transportador autônomo agregado, que se dedica de maneira exclusiva a um empregador utilizando o seu próprio veículo. Esses profissionais se colocam à disposição dos empregadores de maneira contínua, mas são chamados de autônomos, e não de empregados.

Como exemplo de novos riscos para essa atividade, Paulo Douglas destacou que a já possui a modalidade de transporte de cargas. “Se não tivermos grande cuidado, nós que dependemos umbilicalmente do sistema rodoviário de transporte de cargas teremos um seríssimo problema em um dos pilares do sistema econômico brasileiro”, destacou.

O procurador do Trabalho destacou, ainda, que a evolução tecnológica pode causar nesse setor o mesmo efeito que o observado na atividade de transporte de passageiros. O representante do MPT lembrou que a popularização de plataformas como Uber e Cabify trouxe o mesmo serviço prestado por taxistas a um preço mais baixo e de modo mais eficiente.

“O novo modelo que chegou no vazio legal não precisava de concessão, não precisa celebrar qualquer contrato e chama esse trabalhador de parceiro somente quando é necessário para prestar o serviço. Nesse sentido, digo que estamos no estado da arte da exploração do trabalho humano não só no Brasil, mas em escala mundial”, explicou o procurador.

O seminário contou ainda com representantes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Justiça do Trabalho, da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, dentre outros.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Sidrolândia terá nova unidade de saúde por R$ 3,78 milhões até 2027

procurador-geral supremo stf

STF diz que é ilegal, mas Papy mantém em procurador-geral comissionado na Câmara

Acidente com capotamento deixa trânsito lento na Av. Bom Pastor

fluminense

À espera de reforços, Fluminense chega aos Estados Unidos para a disputa do Mundial

Notícias mais lidas agora

No pantanal das onças grito de socorro

No Pantanal das onças, de quem é o grito de socorro que ninguém está ouvindo?

feminicídio corumbá

Mulher morre após ser incendiada em Corumbá e MS soma 15 vítimas de feminicídio em 2025

cpi consorcio oitivas

Ônibus sem limpeza e multa só para carros: relembre as oitivas da 2ª fase da CPI do Consórcio

LISTA: Presente do Dia dos Namorados pode custar a partir de R$ 15 pela internet

Últimas Notícias

Trânsito

Motociclista morre após sofrer traumatismo craniano em acidente no interior de MS

A vítima foi identificada como Luan Camargo dos Santos

Polícia

Filha dá facada na própria mãe após ser atingida por óleo quente no Tijuca

Mulher ficou com a faca cravada no pescoço

Polícia

Mulher passa por momento de tensão ao ser ameaçada de morte por ex-companheiro com canivete no pescoço

O caso ocorreu na madrugada deste sábado (7)

Cotidiano

Uma a cada 8 dias: MS registrou 15 vítimas de feminicídio em menos de cinco meses

Mulheres foram mortas por maridos, namorados, ex e colegas de trabalho