Com protesto marcado, alunos da UFMS relatam aflição com comida a R$ 15: ‘mais de 300 por mês’
Manifestação de alunos da UFMS acontece nesta quarta-feira
Fábio Oruê, Ranziel Oliveira –
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O aumento da alimentação no RU (Restaurante Universitário) está gerando preocupação nos alunos da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) por conta do aumento exacerbado no valor: de R$ 4,50 para R$ 15.
O fato desencadeou uma problemática dentro da universidade: alunos que não se encaixam no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), mas também não têm condições de pagar por R$ 15 de alimentação diária.
Como o estudante de Engenharia Civil e estagiário, Pedro Afonso, de 22 anos. “Eu não posso me cadastrar no CadÚnico e não tenho condições de pagar 15 reais na alimentação. Vai dar mais de 300 reais por mês”, disse ele ao Jornal Midiamax.
Depois de ser reaberto, em abril, o RU passará a cobrar R$ 15 pelas refeições da comunidade acadêmica não vulnerável. Aqueles que são baixa renda e cadastrados no CadÚnico vão pagar somente R$ 3.
Antes de fechar, o restaurante cobrava R$ 2,50 dos estudantes vulneráveis e R$ 4,50 dos demais. Atualmente, o local passa por reformas.
“Eu preciso utilizar [o RU], mas esse preço é um absurdo”, contou a estudante de Pedagogia, Giovanna Costa, de 19 anos, que também criticou a estrutura dos blocos.
”Vai afetar a rotina bastante. Eu tenho condições de trazer de casa; meu bloco tem micro-ondas, mas tem bloco que não tem nada. Alguns alunos têm que ficar o dia inteiro e precisam comer”, relatou a jovem.
Quem também vai optar por fazer comida e trazer pronta é o acadêmico de Ciências da Computação, Matheus Vieira, de 21 anos. “A gente tem gastos para comprar e fazer em casa, teria que fazer por nós mesmos. [No RU] era acessível e compensava mais, além da facilidade”, opinou ele à reportagem.
Apenas 16% vão pagar R$ 15
Segundo a universidade, apenas 16,3% dos alunos de Campo Grande, Aquidauana, Corumbá e Três Lagoas, devem pagar o valor de R$ 15,00 nas refeições.
Isso porque, de acordo com o perfil do estudante da UFMS, 83,7% dos acadêmicos destas cidades possuem renda per capita de até 1,5 salário mínimo, o que fará com que eles paguem R$ 3,00 por refeição, já que a renda os tornam elegíveis ao CadÚnico do Governo Federal.
Alunos da UFMS fazem protesto
Uma manifestação está marcada para acontecer nesta quarta-feira (30), às 9h30, em frente à pró-reitoria da universidade. Os acadêmicos prometem um protesto pacífico para tentar uma solução para o empasse do restaurante.
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