Com nova variante circulando em todo o país, Mato Grosso do Sul pode ter nova onda de covid
Infectologista alerta que baixo índice de pessoas com esquema vacinal completo pode agravar situação
Priscilla Peres –
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Apenas 10% da população de Mato Grosso do Sul está com esquema vacinal completo contra a Covid-19 e, de fato, protegida. Com o baixo nível de reforço aplicado, o infectologista Julio Croda, afirma que pode haver agravamento de casos e até mortes.
Para o professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), o Brasil está vivendo uma nova onda de Covid-19, com aumento de casos recente.
“Até o momento os casos são sem gravidade, por causa da vacina. Mas, podemos ter aumento da gravidade e óbitos, justamente pela baixa cobertura nas doses de reforço”, diz Croda.
Em Mato Grosso do Sul também há aumento nos casos de Covid-19, bem como busca por testes em unidades de saúde. Autoridades voltaram a recomendar o uso de máscaras, principalmente em lugares fechados e unidades de saúde.
Baixa vacinação em crianças é preocupante
Julio Croda, referência no país sobre Covid-19, afirma que grande parte das crianças não foram vacinadas e estão mais expostas ao vírus. O Jornal Midiamax mostrou que do grupo de 301.026 crianças entre 5 e 11 anos, pouco mais de 58% tomaram a primeira dose.
Em relação as 175.731 crianças, entre 5 e 11 anos, que tomaram a primeira dose, apenas 28,34% estão protegidas com as duas doses. Segundo dados da secretaria estadual de saúde, apenas 85.319 estão com a vacinação em dia.
“Reforço é importante porque a proteção cai ao longo do tempo, cai mais em idosos. Por isso é importante que acima de 60 anos tenha 4 doses. Mas, quem tem três doses já tem uma proteção bastante elevada”, afirma Croda.
Na última sexta-feira (18), a Prefeitura de Campo Grande liberou a quarta dose para moradores a partir de 30 anos. Para receber a vacina, é preciso ter intervalo de pelo menos quatro meses entre a última aplicação.
Nova subvariante da Covid-19 está em todo o Brasil
Apesar de Mato Grosso do Sul não ter casos da BQ.1 confirmados até o momento, o infectologista Julio Croda afirma que o vírus já se espalhou pelo Brasil. “Não há casos confirmados porque é difícil o sequenciamento, mas ela está presente no Brasil todo”, afirma.
Segundo ele, a subvariante é a responsável pelo aumento dos casos no Brasil atualmente. Mas, ainda não há agravamento de casos no Estado, com pessoas internadas, por exemplo.
Nos últimos sete dias, Mato Grosso do Sul não registrou nenhuma morte por covid-19, conforme aponta boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (22) pela SES. Portanto, continuam sendo de 10.848 óbitos relacionados à doença desde o início da pandemia no Estado.
Festas de fim de ano podem aumentar os casos
Segundo a infectologista Mariana Croda, da SES, isso acontece devido a inúmeros fatores: pessoas não vacinadas ou com esquema de imunização incompleto, aumentos da circulação de pessoas com festas do fim do ano e afins. Apesar disso, a especialista tranquiliza a população. “Mesmo com uma possível nova onda aqui no Estado, não vai ser na mesma gravidade igual ao passado”, diz.
Nesse sentido, ela ainda pontua que a gravidade da BQ.1 é a mesma das cepas já registradas anteriormente. Então, os grupos de risco continuam os mesmos:
- Imunossuprimidos;
- Pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta;
- Idosos;
- Portadores de doenças crônicas.
“Você aumenta o número de casos, aumenta o número de risco. Por isso, pessoas do grupo de risco podem vir a óbito. Além disso, a maior circulação do vírus permite nova variante e é isso que o Estado deseja suprimir. Afinal, as vacinas não previnem infecção, previnem sintomas graves e óbitos”, ressalta. Dessa forma, medidas individuais são imprescindíveis.
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