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Cotidiano

Com enfermeiros em greve, Santa Casa pede mais R$ 9 milhões e ameaça atrasar salários

No mês passado, hospital teve reajuste nos repasses da prefeitura e Governo do Estado
Aliny Mary Dias, Karina Campos -
enfermeiros greve
Enfermeiros estão em greve nesta quarta (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Pouco mais de um mês após ter o repasse mensal da Prefeitura de reajustado em quase R$ 5 milhões, a de Campo Grande afirma que precisa de mais recurso público para não atrasar o do mês de setembro, pago até o quinto dia útil de outubro. O motivo de mais um pedido é o reajuste salarial de cinco categorias, incluindo os , que iniciaram greve nesta quarta-feira (28).

Diretor-presidente do hospital, Heitor Freire explica que o reajuste de cada categoria, que teve maio como a data-base, impacta em R$ 1,8 milhão nas contas da Santa Casa. Somados, os reajustes representariam em acréscimo na folha salarial de mais R$ 9 milhões, valor que o hospital pretende ter subsidiado pela prefeitura de Campo Grande e o Governo do Estado.

O diretor explica que outras categorias “entenderam a situação” enfrentada pelo hospital, em crítica à Enfermagem, que insistiu nas negociações e deflagrou a greve. Decisão da Justiça, inclusive, tentou impedir o movimento grevista estipulando R$ 100 mil em multa. Mas o Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem do Estado de MS), que já foi notificado da decisão, disse que irá recorrer e mantém apenas 50% do efetivo trabalhando nesta quarta.

A direção do sindicato dos enfermeiros questiona o fato da decisão judicial ter sido emitida com base em um pedido da prefeitura de Campo Grande que teria usado como argumento o piso salarial da Enfermagem, que segue suspenso após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal).

Segundo os sindicalistas, a negociação atual com a Santa Casa diz respeito a reajuste anual de salário e não ao piso nacional. Reunião no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) marcada para as 14 horas desta quinta (29) vai mediar negociação com o movimento grevista.

Diretor da Santa Casa, Heitor afirma que em reunião com a prefeitura realizada ainda na terça-feira pediu mais R$ 500 mil de repasse mensal para o município. O valor teria sido acordado para ser pago em breve. O Governo do Estado, segundo Heitor, também teria se comprometido a repassar mais R$ 1 milhão para o hospital, que ameaça atrasar os salários do próximo mês caso não receba os aportes até o quinto dia útil.

“Não fugimos da nossa responsabilidade, mas não temos como arcar, não temos recursos. E temos insistido na necessidade de viabilização”, explica Heitor.

Santa Casa teve aumento nos repasses há um mês

Em agosto, após novo impasse entre o hospital e o poder público, o repasse mensal aumentou quase 9%, passando de R$ 23 para R$ 28 milhões.

Segundo a prefeitura de Campo Grande, nas primeiras três semanas deste mês de setembro já foram liberados R$ 31.599.123,57. Deste total, R$ 10.335.575,37 correspondem à parcela de recursos próprios. De janeiro até o dia 16 de setembro, o hospital recebeu R$ 242 milhões do município.

O município aponta que desde 2017, no acumulado dos últimos cinco anos, o hospital recebeu aproximadamente R$ 1,7 bilhão em recursos públicos, além de repasses pontuais provenientes de portarias, emendas e incentivos.

Entre 2020 e 2021, período da pandemia, foram mais de R$ 90 milhões. No período de 2017 a 2021, o convênio com a Santa Casa teve um acréscimo de quase R$ 100 milhões, saindo de R$ 238 milhões para R$ 326 milhões ao ano.

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