Poucos locais e setores de Mato Grosso do Sul mantêm o uso da máscara obrigatório atualmente, levando em consideração a redução de casos e o cronograma vacinal contra a Covid-19. Entretanto, o assunto ganha repercussão constantemente pela infecção de outras doenças.

O último decreto que trata do assunto foi publicado no Diário Oficial do Estado em março deste ano, suspendendo a obrigação em todo território sul-mato-grossense, ou seja, o uso é recomendável, ficando a factualidade e autonomia das prefeituras municipais para estabelecer medidas restritivas.

O uso é factual em ambientes de circulação, tanto aberto como fechado nos locais:

  • Órgãos, instituições e entidades públicas;
  • Estabelecimentos privados acessíveis ao público;
  • Meios de transporte coletivo intermunicipal e interestadual.

O uso continua sendo obrigatório:

  • Unidades de saúde;
  • Ônibus coletivos urbanos;
  • Por pessoas com comorbidades e doenças respiratórias.

Entre usuários do transporte coletivo de Campo Grande, o principal assunto do fim de semana foi pedido do Consórcio Guaicurus para desobrigar o uso de máscara nos ônibus, possibilidade já afastada pelo Município. Nas ruas, o tema dividiu opiniões de quem vê o fim das máscaras um alívio e de outros que ainda enxergam como algo precipitado.

Por que o uso da máscara é essencial?

O enfermeiro e doutor em Infectologia Everton Lemos ressalta que ainda é cedo para deixar o uso obrigatório de lado, além disso, mesmo após um longo período de enfrentamento, ele acredita que o morador deveria ter mais conscientização sobre os autocuidados para evitar a contaminação.

“As doenças respiratórias, de uma forma geral, têm oscilação causada pelo tempo, por sazonalidades e etc. Campo Grande, por exemplo, tem baixas temperaturas em alguns momentos que expõe maior risco as pessoas que ficaram aglomeradas; o contato mais próximo aumenta as chances de infecção, por exemplo, da gripe ou até a Covid-19. A obrigatoriedade em locais fechados, principalmente nos ônibus e transporte coletivo, a aglomeração expõe muito mais a população para o contato respiratório”.

Outro ponto que o profissional salienta é do retorno nos períodos de surto e aumento de casos. “Se mais para frente não seja obrigatório, que a gente parta para o princípio dos casos que tenham no Estado ou cidade. A população pode fazer uso de forma preventiva, assim fazer o uso de hábitos aprendidos na pandemia, como higienizar as mãos, independente de uma legislação vigente, se que cuidem”.