Entre usuários do transporte coletivo de , o principal assunto desta sexta-feira (19) foi pedido do para desobrigar o uso de máscara nos ônibus, possibilidade já afastada pelo Município. Nas ruas, o tema dividiu opiniões de quem vê o fim das máscaras um alívio e de outros que ainda enxergam como algo precipitado.

“A ainda não acabou e justamente por isso não deveria tirar”, comenta Janete Moraes da Silva Barbosa, de 45 anos. A dona de casa afirma que, mesmo se a obrigatoriedade cair, ainda não se sente segura para deixar de usar a proteção. “Eu ainda uso em todos os lugares e vou continuar fazendo isso. Na minha casa ninguém pegou covid e acredito que esse cuidado influenciou”, comenta.

Ao contrário de Janete, Maria da Luz, de 56 anos, acredita que o tempo da máscara já passou. “Isso é um castigo para o povo. No calor é horrível e para quem usa óculos como eu, fica pior ainda”, relata.

A dona de casa conta que praticamente já não usa máscara no dia a dia e justifica a posição que tem. “Acho um absurdo manter a máscara só no ônibus enquanto tem um monte de show e aglomeração por aí. Concordo em usar máscara nos hospitais onde têm pessoas doentes e só”, finaliza.

Assim como ela, Leandra Aparecida Dias, de 46 anos, quer o fim da obrigatoriedade no transporte coletivo por acreditar que a medida tem pouca eficácia. “A maioria já não usa e quem usa põe a máscara errado, na boca e nariz”, pontuou a diarista que mantinha a máscara no queixo enquanto conversava com nossa equipe.

Para o analista Luiz Motta, de 40 anos, o momento ainda é de precaução. “Ainda não dá para ter segurança. O vírus ainda está propagando e pode ser que alguém ainda pegue e tenha complicações graves”, comenta. Ele afirma que continuará usando a proteção mesmo que isso deixe de ser obrigatório.

Continua obrigatório

O uso de máscaras no transporte coletivo de Campo Grande continuará obrigatório, conforme informou a Prefeitura Municipal, nesta sexta-feira (19). O Consórcio Guaicurus encaminhou, ontem (18), um documento para a Agetran (Agência Municipal de Transporte e de Campo Grande) pedindo o fim do uso do acessório nos ônibus sob a justificativa que há brigas entre jovens e idosos.

“Muitos jovens não usam e os idosos cobram, porque é obrigatório ainda. Aí gera um atrito já por causa da questão. O motorista precisa parar, intervir. Tem acontecido bastante”, disse na ocasião o gerente executivo do Consórcio, Robson Strengari.

Em resposta ao Midiamax, a Prefeitura reforçou ainda o uso de máscaras para grupos mais vulneráveis à contaminação de Covid-19.  “É recomendado também o uso para pessoas que fazem parte do chamado grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, bem aqueles que apresentam sintomas gripais”, informou o órgão.