Chegada do verão terá chuvas abaixo da média e temperatura até 2 graus acima do comum em MS

No primeiro trimestre de 2023, volume de chuvas entrará em normalidade

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Próximas semanas serão de calorão em Campo Grande. (Foto: Henrique Arakaki / Midiamax)

O verão começa no dia 21 de dezembro e, acompanhando tendência do mês, as primeiras semanas da estação devem ser bem a caráter, com expectativa de chuva abaixo ou bem abaixo da média, especialmente na região sul. Como consequência, haverá registro de altas temperaturas que podem atingir até 2°C acima da média. 

“Esse cenário já vem se formando nessa primeira quinzena de dezembro. Em Mundo Novo, por exemplo, o esperado para o mês é que chovesse de 180 a 220 milímetros, mas choveu apenas 20”, explica o meteorologista Vinicius Sperling, do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). 

Com menos indicativo de chuva, o meteorologista explica que a tendência é de que os termômetros subam. “As pancadas de chuva à tarde sempre refrescam. Como podem ocorrer vários dias sem chuva, as temperaturas ficam muito altas e à noite a terra concentra esse calor, isso a gente percebe dentro das casas”, pontua. 

Vinícius explica que a falta de chuva está diretamente ligada ao fenômeno La Niña, que exerce influência sobre Mato Grosso do Sul há 3 anos. 

“As passagens de frente fria durante o La Niña são muito rápidas e são mais oceânicas, ou seja, trazem menos umidade para o interior do continente e não são suficientes para formar nuvens e chuva”, detalha. 

A tendência é de que o La Niña entre em neutralidade e que as chuvas voltem a neutralidade no trimestre de janeiro, fevereiro e março, repetindo cenário de 2021.

Para quem gosta do clima mais ameno, os dias têm sido de sofrimento. Em Campo Grande, a vendedora Beatriz Rambo, de 20 anos, conta que já até perdeu conta da quantidade de banho que toma para amenizar o calorão. “É calor demais. A gente tem que viver no ar-condicionado”, comenta.

Vivendo em Mato Grosso do Sul há 42 anos, José Irineu, de 70 anos, nasceu no sul do País, mas conta que aprendeu a conviver com o clima local. “Lá é só chuva e frio, mas aqui é gostoso até, está suportável ainda”, relata. 

Para ele, uma das melhores coisas do calor campo-grandense é poder tomar sorvete sempre e sem preocupação com o frio.

Conteúdos relacionados