#CG123: Starbucks? Parque aquático? Confira o que falta para Campo Grande ficar perfeita

Moradores listam o que ainda falta em Campo Grande para melhorar a Cidade Morena

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Campo Grande, Capital de MS (Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax).

Se engana quem pensa que os campo-grandenses querem mais shoppings, modernidade ou rede de cafeteria instagramável como o Starbucks. Questionados pelo Jornal Midiamax, moradores de Campo Grande disseram que a Capital ainda precisa de segurança, saúde, investimento nos asfaltos e alternativas de lazer.

Com 123 anos completados nesta sexta-feira (26), Campo Grande tem moradores diversos, mas todos eles têm algo em comum: algum item na ponta da língua para a cidade ficar melhor. Para a professora Marluce Exeverria, 55, a cidade já evoluiu o bastante. No entanto, “ainda está faltando a questão da segurança, tanto nos bairros, quanto no centro da cidade”.

A profissional da educação disse que infelizmente se sente assustada com os crimes que acontecem na Capital. “Acho que outras coisas temos superado, mas a violência está grande, é o que está mais gritando para o povo de Campo Grande”.

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Ivete e Marluce destacaram o crescimento da cidade. Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Aos 71 anos de idade, Ivete Nunes quer mais investimento na saúde. Moradora de Campo Grande há mais de 45 anos, a doméstica disse que a Cidade Morena se desenvolveu bem.

“Quando eu vim, morava na Pioneira e dava para contar as casas, agora alastrou ali a vila”, lembrou com carinho. Apesar das boas lembranças, Ivete disse que falta mais interesse pela saúde no município, pois “nos postos mesmo está uma burocracia”.

“A gente vai e às vezes marcam para até três meses uma consulta, dependendo do que a gente está sofrendo, tem que ser um pouco antes, porque até lá a gente já faleceu”, afirmou rindo, na tentativa de trazer leveza para a situação complicada.

Os investimentos não são reivindicações apenas do público com mais idade, o motoentregador Alisson de Oliveira, de 27 anos, disse que faltam obras de asfalto em algumas vias da Capital. Uma delas é a avenida Presidente Ernesto Geisel, que segundo ele ‘tem muito desnível na rua’.

“Falta asfaltar de novo a Ernesto, iria melhorar minha vida, a gente tem que frear, parar e atrapalha os outros”, lamentou sobre a avenida.

Cultura e diversão

A vendedora Rafaela Barros, de 18 anos, apontou que falta um parque maior na cidade. “Sei que temos o Parque das Nações, mas um ainda maior, com mais variedade de plantas”, detalhou como seria o parque ideal. Além disso, disse que faltam opções de lazer nos bairros campo-grandenses.

Se pudesse fazer um desejo, Karina ‘Bombom’, 52 anos, desejaria uma vida noturna mais agitada em Campo Grande. “A noite daqui de Campo Grande está fraca, precisa movimentar a vida noturna de Campo Grande”, disse animada.

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Karina deseja uma vida noturna mais movimentada em Campo Grande, ao estilo de São Paulo. Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Além disso, a autônoma afirmou que falta mais reconhecimento para o trabalho das drags da Capital. “Todo mundo fala que falta asfalto, mas e o entretenimento? Temos que ter esse movimento, mais alternativas de boates LGBT, mais liberações para shows”, apontou.

O estudante de 16 anos, Gustavos Camargo, gostaria de mais eventos voltados para a cultura de animes e jogos, “tipo um festival anual”. Além disso, o jovem acredita que ainda faltam “mais quadras de vôlei pela cidade”.

Lazer também é uma reivindicação de Monique Farias, de 28 anos, que mora na cidade desde 2006. “Seria legal se tivessem mais shows, de cantores de todo o país, igual tinha domingo no parque, esse evento deixou saudades”, disse saudosa.

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Campo Grande perfeita?

Moradora de Campo Grande desde 2021, Marta de Oliveira Silva, 24 anos, ainda vê a cidade com olhos de descoberta e considera a cidade completa. “Estamos há um ano e três meses aqui, a gente saiu do Acre em busca de emprego e fomos muito bem acolhidos aqui”, explicou.

Assim, cita apenas pontos positivos na cidade. “Só temos coisas boas por enquanto, parques, as pessoas, o clima. Como a gente mora aqui na região central, não sabemos o que falta nos bairros”, reconheceu a cozinheira sobre a realidade que vive.

Morador antigo da Cidade Morena, o autônomo Cícero Firmino da Silva, 58 anos, também acredita que Campo Grande beira a perfeição. Contudo, deseja que a cidade tenha mais manutenção do que já foi realizado.

“Está faltando um pouco de boa vontade para corrigir o que já está feito, já está bem bonita a cidade, melhorou muito. Mas tem árvores que estão caindo, mas até o momento não tem ninguém para dar uma atenção”, lamentou.

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