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Cotidiano

Campo Grande busca famílias para regularizar túmulos em cemitérios e evitar ‘desastre’ com necrochorume

Lei ambiental impõe série de regras para conter contaminação do solo
Priscilla Peres -
Cemitérios estão irregulares. (Foto: Nathalia Alcantara/Midiamax)

Se você é proprietário de jazigo ou tem familiares enterrados nos cemitérios municipais de , precisa ir até o local para saber como proceder para regularizar os túmulos. Acontece que uma normativa do Conama (Conselho Nacional do ) de 2003 impõe regras para obtenção de licenciamento ambiental dos cemitérios e as unidades públicas da Capital estão irregulares.

As regras definidas pela Resolução Conama n° 335/2003 implicam em várias ações para evitar impactos ambientais, como a contaminação do solo pelo chamado necrochorume, líquido gerado a partir da decomposição do corpo humano. Para evitar essa contaminação, vários requisitos devem ser atendidos, entre eles a impermeabilização da camada superficial do solo.

Uma das formas de regularizar os túmulos é construindo paredes que impeçam o contato do caixão com o solo e a construção de gavetas verticais, o que ainda libera espaço para novos sepultamentos. A prefeitura afirma que essa adequação deve ser feita conforme projeto aprovado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana. Para ter acesso a este projeto, os proprietários devem ir pessoalmente ao onde possuem jazigo ou parentes enterrados.

O jornal Midiamax solicitou, por meios oficiais, o projeto da Semadur, porém não obteve retorno. A população também não tem acesso ao projeto por telefone ou internet, apenas pessoalmente. Devido à irregularidade dos cemitérios municipais, a prefeitura tem enfrentado ação do Ministério Público desde 2011. Recentemente, o MPMS pediu a interdição do Cemitério Santo Antônio, na Vila Santa Dorotheia.

Prefeitura convoca proprietários para a regularização

No dia 22 de julho de 2022, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos publicou o edital de notificação n° 02/2022 no Diário Oficial, notificando dezenas de titulares de túmulos/familiares sepultados no Cemitério Santo Antônio. Na lista, há nome do falecido, data do óbito, nome do titular, quadra e lote.

O prazo era de 30 dias para que cada notificado comparecesse pessoalmente ao cemitério. Marcelo Fonseca, responsável pela administração dos três cemitérios públicos, afirma que a situação do cemitério Santo Antônio é mais crítica e, por isso, foi feito esse levantamento detalhado.

“Esse é o cemitério mais velho de Campo Grande, tem túmulos onde não há sepultamento há mais de 40 anos. Nomeamos os proprietários para tentar chegar a essas pessoas e regularizar a situação. Caso a pessoa não apareça ou não tenha condições de arcar com os custos, a prefeitura vai ver o que será feito”, afirma Marcelo.

Titulares de túmulos/familiares das pessoas sepultadas nos cemitérios Santo Amaro e São Sebastião, conhecido como Cruzeiro, também foram notificados com o edital n° 03/2022, publicado no Diário Oficial de 29 de julho de 2022, para que realizam a impermeabilização/adequação das sepulturas já existentes, no prazo de 60 dias.

O Jornal Midiamax segue aberto para o posicionamento da prefeitura de Campo Grande.

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