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Cotidiano

Café da manhã mais caro: nem alta no preço do trigo faz campo-grandense abandonar o pãozinho

Cuscuz e tapioca ainda não foram adotados como opções mais em conta para o café da manhã
Ranziel Oliveira -
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Em um dos comércios, o consumo da padaria até aumentou (Foto: Stephanie Dias / Jornal Midiamax)

O aumento do preço do trigo causou um reflexo direto no seus derivados, com o custo do pão ficando mais caro em Campo Grande. Muitos comerciantes ficaram divididos em repassar ou não para os consumidores. Mesmo assim, o cidadão comum continua frequentado as padarias da Capital e ainda não buscou fontes de alimentação alternativas para o café da manhã, como a tapioca ou o cuscuz.

Em uma tradicional conveniência da Avenida Calógeras, o encarregado Plínio Arruda, de 41 anos, explica que os moradores da cidade ainda não desistiram do clássico pão francês. “Não afetou o consumo, a massa de tapioca e cuscuz estão saindo no mesmo volume que antes.  Mas agora, muitos clientes estão optando por comprar o trigo e fazer o pão em casa por conta do valor, o quilo do trigo está R$ 4,49 e do pão R$ 16,99”, disse ele.

Na Rua Sete de Setembro, o responsável pela padaria Doce Pão, Rodrigo da Luz, de 41 anos, detalhou a estratégia da empresa para não deixar o consumo cair.  “Aqui o consumo se manteve, mas ainda estamos mantendo o preço do pão para não perder o cliente. Mas se o trigo subir de novo nós possivelmente vamos ter que aumentar”, disse ele. No local, o kg do pão francês era comercializado por R$ 14,00. 

O gerente de um mercado no bairro no jardim Joquei Club, Willian Marcos Barbosa, de 42 anos, explicou que a procura continua normal na padaria do estabelecimento. “O consumo do pão francês se manteve. Se comparado com o mesmo período do mês passado, as vendas na padaria aumentaram em 2%. É um valor tímido, mas cresceu”, disse ele.

Massa para cuscuz (Foto: Stephanie Dias / Jornal Midiamax)

O aumento do trigo deve ser repassado ao cliente, mas ainda não chegou ao bolso dos consumidores do supermercado. “Inevitavelmente vai subir, mas ainda não foi repassado ao cliente. Vamos aguardar a estratégia do Governo Federal para tentar segurar esse aumento”, detalhou. 

Queda no poder de compra

A situação é um pouco divergente na Avenida Bandeirantes, na Panebello Panificadora e conveniência, com a diminuição do poder de compra do consumidor. “Quando o poder aquisitivo diminui, toda compra e o consumo diminui. Antes o cliente vinha com R$ 5,00 e comprava cerca de 8 pães, hoje ele compra menos de 5 unidades com esse mesmo valor. Não porque ele não quer os 8, mas porque ele não tem o mesmo poder de compra”, disse o proprietário Roberto, de 59 anos.

Com 25 anos de padaria, ele observa uma crescente contínua no preço da matéria-prima.  “Subiu semana passada e teve outro reajuste do trigo ontem (23). Eu já vou mexer nas minhas tabelas. Há um mês eu vendia o kg do pão por R$ 13,99, mudei para R$ 15,99 e vou ter que subir para R$ 17,99”, finaliza.

(Valores referentes ao dia 24 de março).

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