Bolívia encerra greve geral, mas fronteira segue com problemas para liberar caminhões

Durante 36 dias bolivianos mantiveram greve geral e fronteira com o Brasil, em Corumbá, fechada. Carros de passeio foram autorizados a passar em alguns momentos

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(Foto: Diário Corumbaense)

Depois de 36 dias de paralisação geral, a Bolívia encerrou neste sábado (26) a greve geral pela realização do Censo em 2023. Durante todo este período o tráfego de caminhões na fronteira de Corumbá com o país ficou impedido e segue com dificuldade.

Segundo informações do Diário Corumbaense, a fronteira segue fechada para o tráfego de veículos e caminhões. Isso por que, caminhoneiros brasileiros querem ter certeza que todos os pontos de bloqueio acabaram.

Antes de cruzar a fronteira, os motoristas afirmam que querem a garantia de que vão conseguir chegar ao destino, sem enfrentar novos bloqueios.  Principalmente na Bioceânica que dá acesso a Santa Cruz e outras regiões e aguardam as deliberações dos comitês cívicos.

Do lado boliviano, manifestantes querem a libertação de pessoas que foram presas no conflito ocorrido em 21 de outubro, quando um servidor público da Prefeitura de Puerto Quijarro morreu. Três homens foram presos acusados de envolvimento na morte.

Manifestantes pedem antecipação do Censo

Os conflitos fazem parte de atos classificados como “medidas extremas” para pressionar o governo de Luis Arce a realizar o Censo Demográfico em 2023 e não em 2024. 

O Censo disponibilizaria novos dados populacionais “em tempo hábil”, sendo possível novo pacto fiscal antes do próximo período eleitoral. Porém, o presidente Luis Arce já ratificou que o levantamento será em 2024.

De acordo com lideranças do Paro Cívico, o levantamento precisa ser realizado o quanto antes, pois o Estado de Santa Cruz de La Sierra e outros departamentos são os mais prejudicados, já que o último foi realizado em 2012 e de lá para cá muita coisa mudou.

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