Há 90 dias sem receber salários, diversos funcionários que atuavam na Clínica Carandá, em Campo Grande, recorrem ao Siems (Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul) que busca uma forma para que os pagamentos sejam realizados. Muitos dos colaborados se desligaram da empresa.

Segundo o presidente do Siems, Lázaro Santana, foi marcada uma audiência com o MPT (Ministério Público do Trabalho) para que a situação seja resolvida, já que a empresa alega não possuir condições de cumprir com os pagamentos devido a bloqueios judiciais.

Lázaro conta que a Clínica Carandá possui mais de doze pedidos de bloqueios, feitos tanto pelo sindicato como também por fornecedores. A situação, que já ocorre há três meses ocasionou a demissão de diversos funcionários que aguardam por seus direitos.

Uma técnica de enfermagem, que preferiu não se identificar, informou que não consegue dar entrada no seguro desemprego por falta de clareza das informações prestadas pela empresa. O presidente da Siems alega que, segundo os próprios funcionários, os pacientes não estão sendo afetos por conta de novas contratações.

“Ocorreram contratações por parte da empresa, mas informando aos novos funcionários que irá realizar o pagamento parcial dos colaboradores”, contou Lázaro. O presidente afirma que mais de 30 funcionários não receberam os valores devidos.

A reportagem entrou em contato com Clínica Carandá. De acordo com o advogado responsável, Davi Frizzo, a situação atual ocorre por conta de um problema financeiro, onde a empresa teve seus bens bloqueados, o que afetou apenas o salário de fevereiro. Ele também alega que em nenhum momento ocorreu falta de funcionários e que, mesmo com as demissões, novos são contratados.