O ano de 2021 foi marcado pela chegada do asfalto no Bairro Nova Campo Grande, um dos mais populosos do município. Porém, a pavimentação não contemplou todas as vias e moradores continuam sonhando com o fim das ‘ruas de terra'.

Isso porque, segundo os próprios moradores, a terra acaba invadindo a rua pavimentada, que continua suja. Morador do local há 10 anos, José Carlos, de 63 anos, diz que a demora na finalização das obras do pavimento está se tornando um problema. 

“Melhorou muito do que era antes. O maior problema era a lama e poeira. Mas, quando chove, vêm e dos lugares que não têm asfalto”, relatou ele ao Jornal Midiamax. O asfalto das vias era algo pedido há anos pela população local, mas, até então, somente algumas avenidas de maior movimento foram pavimentadas. 

Pavimentação ainda não foi finalizada. (Foto: de França/ Jornal Midiamax)

 

Michele Nogueira, de 34 anos, tem uma doceira em uma dessas avenidas e, segundo ela, as obras deveriam contemplar todo o bairro. “Só fizeram lá [na Avenida Nove] e não fizeram nos outros locais. Avenida Nove é cartão postal, mas falta de manutenção; falta de limpeza. Colocaram o asfalto numa parte e parece que acabou”, comentou ela. 

O Nova Campo Grande foi planejado para ser um bairro elitizado, mas não tomou o rumo esperado na época e sofreu com a falta de investimentos públicos. Localizado ao lado do aeroporto, região que normalmente abriga bairros nobres, o local sofreu com a desvalorização imobiliária e fuga dos moradores com maior poder financeiro.

Conforme Jeferson Barretos, de 52 anos, o maior problema do bairro continuou existindo mesmo com a pavimentação. “O asfalto veio, mas o barro não deixou a gente”, disse ele. Algumas partes ainda não têm meio fio, por isso, quando chove, a enxurrada leva a lama das ruas de terra, dos canteiros e calçadas, sujando o asfalto.

Trabalhadores limpando a terra do asfalto. (Foto: Leonardo de França/ Jornal Midiamax)

 

Obras

No planejamento da prefeitura, no bairro estão previstas pavimentações em 25 ruas e avenidas e recapeamento em 13. As obras foram divididas em duas etapas

Há quatro anos no local, Neri Lopes, de 46 anos, teve algumas dores de cabeça com as obras, porém, admite que é melhor do que estava antes. “Melhorar melhorou, mas com muita dor de cabeça. A máquina passou na calçada e rachou ela. Tem muito tempo acontecendo a obra já. É melhor que terra, mas ainda assim estamos passando raiva”, opinou ele.  

Ao Jornal Midiamax, a prefeitura informou que os trabalhos continuam na região, com obras de drenagem sendo executadas.

*Matéria alterada às 13h06 para acréscimo do posicionamento do Executivo Municipal.