Você conhece o patrimônio natural de Campo Grande? Confira onde estão as árvores especiais
Campo Grande é considerada referência nacional em arborização urbana com o título de Tree City of the World (Cidade Árvore do Mundo) e um patrimônio histórico de árvores que são consideradas “notáveis”, ou seja, imunes ao corte, raras ou de alto valor ecológico e paisagístico. A Capital é uma das mais arborizadas do país, somando quase […]
Thalya Godoy –
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Campo Grande é considerada referência nacional em arborização urbana com o título de Tree City of the World (Cidade Árvore do Mundo) e um patrimônio histórico de árvores que são consideradas “notáveis”, ou seja, imunes ao corte, raras ou de alto valor ecológico e paisagístico. A Capital é uma das mais arborizadas do país, somando quase 230 mil unidades, o que equivale a uma árvore a cada quatro habitantes, conforme dados da Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana).
De acordo com o plano para revitalização do Centro de Campo Grande, de julho de 2010, essas árvores estão localizadas na região central da cidade e só podem ser cortadas mediante laudo técnico específico. Os infratores estarão sujeitos a sanções estabelecidas no Código de Polícia Administrativa da Capital, com multa de até R$ 10,4 mil.
Mas você sabe onde estão essas árvores? De acordo com a Lei Complementar nº 161/2010, são 63 árvores na região central de Campo Grande. Boa parte delas está ao longo da Rui Barbosa e são da espécie Oitti (Licania tomentosa).
Outras vias que também abrigam os exemplares notáveis são as avenidas Afonso Pena e Presidente Ernesto Geisel, as ruas Dom Aquino, 13 de Maio, 15 de Novembro, 14 de Julho, Pedro Celestino, Marechal Cândido Rondon, Barão do Rio Branco, Antônio Maria Coelho, 26 de Agosto, General Osório, José Antônio, Vera Cruz (Horto Florestal) e TV. Edgar Gomes.
Entre os exemplares das espécies são Ipês, Ingás, Monguba, Pata-de-Vaca, Seringuela, Sete-Copas, Paineira, Justa-Conta, Alecrim, Magnólia, Pau-Ferro, Sombreiro, Ébano-Oriental e Falsa-Seringuela.
De acordo com a Semadur, desde 2017 as Figueiras da Afonso Pena e Mato Grosso recebem tratamento fitossanitário contra pragas e fungos, com a aplicação do Óleo de Neem, em duas etapas, com intervalos de 15 dias, no período noturno, visando o ataque direto aos insetos que prejudicam as árvores.
Além disso, também já foram realizadas dendrocirurgias, uma técnica que objetiva a recuperação da árvore através da eliminação de tecidos necrosados com a posterior desinfecção através da utilização de fungicidas.
Cuidados Especiais
No início de agosto, entre os dias 9 e 12, técnicos da Prefeitura receberam um treinamento sobre tratamento e nutrição das árvores notáveis, tanto jovens como adultas, de acordo com o protocolo de boas práticas adotado pela Sociedade Internacional de Arboricultura e outras normas internacionais.
Na capacitação, foram abordadas as melhores técnicas para trabalho de solo, combate de pragas, descompactação do solo e aeração e tratamento da árvore. Os alunos também aprenderam técnicas para mitigação de risco e tratamento estrutural da árvore, assim, mantendo a vitalidade e tornando a árvore mais segura para a população.
O curso teórico e prático foi ministrado pelo biólogo e arborista certificado pela International Society of Arboriculture (ISA), Gustavo Henrique Garcia.
“Fui procurado pelo pessoal aqui da Prefeitura para apresentar as melhores técnicas hoje utilizadas. Iniciamos pela parte teórica de avaliação e diagnóstico da árvore, de como identificar um problema e qual a melhor forma de intervir, ou seja, a partir do diagnóstico podemos corrigir todos os problemas nos fatores de estresse que estão levando a árvore a um sofrimento para deixar ela da melhor forma e estamos trabalhando isso na prática, com árvores reais, com situações reais. Estaremos fazendo o diagnóstico das árvores e já aplicando as técnicas, os produtos e as melhores práticas de tratamento, portanto, a ideia é capacitar os técnicos para estarem multiplicando os conhecimentos com as equipes operacionais”, afirmou o instrutor.
Parte da capacitação prática foi realizada com árvores localizadas no canteiro central na Avenida Afonso Pena. O local foi escolhido por ser de grande movimentação e alta densidade, e essas árvores devem permanecer sadias para garantir a segurança de quem passa pela região.
“O ministrante é um dos pouquíssimos profissionais do Brasil que detém o conhecimento e ensina tais técnicas. Uma grande oportunidade de aprendizado e troca de experiências”, afirmou o secretário municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, Luís Eduardo Costa.
Benefícios
Entre os benefícios da arborização das cidades estão a redução das temperaturas de edificações e pavimentos e o aumento da umidade relativa do ar. Além disso, as árvores funcionam como barreira acústica, aumentam a sensação de bem-estar e melhoram a saúde física e mental.
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