Pular para o conteúdo
Cotidiano

Com ninho na Júlio de Castilho, araras encantam e ‘convidam’ quem passa para uma foto

Araras-Canindé têm alegrado a rotina de quem passa e vive na região
Ranziel Oliveira -
Arara-canindé
Araras-canindé em ninho da avenida Júlio de Castilho (Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

Na esquina da rua Oviêdo com a Avenida Júlio de Castilho, um ninho de Araras-Canindé tem chamado a atenção de quem passa. Naquele local, ver de motoristas a pedestres pararem para tirar fotos tornou-se cena comum e revelam, também, apego do campo-grandense com a adaptação da espécie de aves ao ambiente urbano.

“É bem interessante, uma coisa nova na região e chama bastante atenção dos moradores.  Toda hora para alguém de moto ou de carro para tirar foto. Elas acabam alegrando a vida de muitos”, disse ao Jornal Midiamax o consultor de vendas Venâncio Barreto, de 27 anos.

Barreto diz que tem visualizado cerca de 3 a 4 aves na palmeira morta, e ressalta a missão de cada morador da Capital. “Elas apareceram a mais ou menos um ou dois meses. A cidade expandiu demais e acabou pegando o território delas, e elas acabaram migrando pra cá. Temos que cuidar, porque a gente mesmo que as fez saírem do habitat delas”, pontuou.

Arara-canindé
Aves tem alegrado a rotina de moradores e condutores que passam pela rua (Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

A presença dos animais também alegra o cotidiano do barbeiro Sérgio Antônio, de 66 anos, toda vez que chega para trabalhar. “Eu chego de manhã e vejo 2 cantando e brincando com a outra. Eu acho legal. E o pessoal vê e tira foto”, disse.

Segundo os relatos, a ocupação do tronco de palmeira é recente e elas são vistas mais comumente no começo da manhã e no fim da tarde.  “Devemos preservar do jeito que elas estão. Elas alegram as pessoas que chegam e não incomodam ninguém”, disse Antônio.  

Famosas até em outro Estado

Morando há 13 anos na região, a aposentada Gladys Martins, de 64 anos, faz questão e mostrar as novas vizinhas até para os parente de outros Estados. “Já até tirei foto e mandei para o grupo de mensagens da família em Salvador, e para meu filho e irmão verem, porque elas representam o nosso Pantanal”, explicou.

A presença das aves também têm mudado a rotina da aposentada. Segundo ela, as vizinhas contribuem para melhorar até o . “É uma coisa diferente. Elas são muito barulhentas, no bom sentido, a gente ouve e já sai pra ver. Eu vivo tirando fotos delas. Sempre admirando e preservando”, detalhou.  

Arara
Foto enviada por Gladys Martins para o grupo de mensagens da família (Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

Morador e comerciante da região há 38 anos, Agnaldo Melo de Almeida, de 59 anos, afirma que é a primeira vez que as araras se instalam na palmeira, com o poder de mudar o humor das pessoas.

“Elas estão na região há cerca de 8 meses a 1 ano, mas o ninho começou a aparecer agora. Elas ficam na praça e nessa árvore. Uma mulher teve um problema no carro aqui na frente e as araras estavam fazendo aquela algazarra. Ela ficou meio encantada, foi uma distração pra ela e tirou a atenção do problema”, disse ele.

Defendendo território

A presidente do Instituto Arara Azul de e coordenadora de pesquisa do Aves Urbanas Araras na Cidade, Neiva Guedes, de 60 anos, explicou que as aves estão no período denominado de pré-reprodutivo, explorando cavidades e se defendendo de outros casais. Depois de defenderem, elas vão começar a beliscar internamente a árvore e fazer a cama, para fazer a colocação dos ovos.

“Se forem quatro aves, podem ser dois casais defendendo para ver quem vai ocupar a cavidade, ou um ninho de um casal que está com os seus filhotes do período reprodutivo do ano passado. Se forem só duas, pode ser um casal tentando construir o ninho”, explicou Neiva.

Arara-canindé
Araras preparando o ninho (Foto: Henrique Arakaki / Jornal Midiamax)

Neiva também detalha que, entre 2010 e 2021, mais de 350 ninhos foram cadastrados pelo projeto. Além disso, o Instituto Arara Azul já monitorou mais de 660 casais de araras. Desde então, já nasceram mais de 1300 filhotes em .

“Essas ainda não foram cadastradas. Toda vez que a comunidade nos passa um endereço a equipe vai até o local. Para monitorar essas cavidade e verificar se é um ninho ou futuro ninho. Quando tem um ninho, ovos ou filhote, eles são acompanhados semanalmente. Para ver se a reprodução terá sucesso”, disse ela.

Compartilhe

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados