Em pleno feriado nacional de 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, a padroeira do Brasil, equipes do “Projeto Aves Urbanas – Araras na Cidade” estão fazendo o monitoramento dos ninhos espalhados por Campo Grande.

Logo pela manhã, antes das 8h, os biólogos já estavam nas ruas para avaliar e documentar os animais, percebendo principalmente se está tudo certo nos ninhos cadastrados.

O trabalho acontece desde 2009 e é de suma importância para a preservação das aves que vivem na região urbana da Capital sul-mato-grossense. De acordo com a bióloga Neiva Guedes, presidente do Instituto Arara Azul, são mais de 350 ninhos cadastrados na cidade.

“A maioria dos ninhos é de Arara-Canindé, mas tem ninhos sendo usado por Maracanã-de cara-amarela, tucano, coruja… Na carona das Araras-Canindé, vieram as outras espécies”, disse ela ao Jornal Midiamax.

Coincidência? No dia das crianças, também celebrado anualmente em 12 de outubro, as equipes encontraram um minúsculo filhotinho de Arara-Canindé recém-nascido. “Detalhe, esse é filhote de uma arara anilhada, que já nasceu sob o monitoramento do projeto”, esclareceu a bióloga.

Sim, isso é um filhote de arara (Foto: Sabrina Appel)

 

Manutenção

O “Projeto Aves Urbanas – Araras da Cidade”, tem o objetivo de estudar a biologia e relações ecológicas da arara-canindé com relação ao desenvolvimento da cidade.

De julho a janeiro, semanalmente, é feito o monitoramento dos ninhos, que têm aumentado anualmente. Filhotes são pesados, medidos e fotografados. Antes de voarem eles são anilhados, nanochipados (implantação de código com número de série, menor que um grão de arroz) e têm material biológico coletado para exames sanitários e análise de DNA.

A manutenção do “Projeto Aves Urbana – Araras na Cidade” tem sido um desafio, considerando que a execução do projeto depende do apoio de pessoas e empresas. Para o fomento e continuidade do Projeto, o Instituto Arara Azul criou a Campanha “Adote um Filhote”. A campanha é para a adoção simbólica de um filhote de pais de aves que ocupam as cavidades, nas mortas localizadas em Campo Grande-MS.

(Foto: Divulgação)

O Instituto esclarece que ser um padrinho simbólico, significa que o cidadão poderá acompanhar o seu afilhado através das informações do projeto de pesquisa, que receberá periodicamente. Também contribuirá com as ações de pesquisa, batizará o filhote com o nome que escolher e ficará feliz em saber que o seu afilhado permanecerá livre na natureza.

Participe clicando aqui.