A em Mato Grosso do Sul  divulgou o balanço de apreensão em 2021. Ao todo, a Receita apreendeu R$ 468.480.283,89 em mercadorias contrabandeadas. Em valor, houve recuo de 3,14% na comparação com 2020, quando as apreensões totalizaram R$ 483.657.526,17.

Apesar de o país ter enfrentado pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021, o volume de mercadorias apreendidas nesses dois anos teve crescimento de 31,2% e 27,1%, respectivamente, em relação a 2019. Foram R$ 100 milhões a mais em 2021 e R$ 115 milhões a mais em 2020.

Cigarro foi o produto mais apreendido nas fronteiras com o e a Bolívia e nas estradas e rodovias federais que cortam o Estado. Foram R$ 218 milhões entre janeiro e dezembro de 2021, queda de 34,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Em segundo lugar, aparecem apreensões de equipamentos eletroeletrônicos, no valor de R$ 98,3 milhões, crescimento de 31,7% na comparação com o ano anterior, mostra balanço da Receita.

Itens relacionados a transporte, como pneus e peças automotivas, foram os terceiros mais apreendidos. Somaram R$ 75 milhões, valor 50,3% maior que o apreendido em 2020, de R$ 49,9 milhões.

O delegado da Receita Federal em Campo Grande, Clovis Ribeiro Cintra Neto, explica que, embora a pandemia tenha causado impacto nas atividades produtivas do país nos últimos anos, o fluxo de produtos ilegais teve aumento.

“Em 2019, quando não havia pandemia, o valor das apreensões foi menor em relação a 2020 e 2021. Isso mostra que o crime organizado não descansa nunca e que temos de estar atentos, como estivemos. Ao mesmo tempo, a maioria das atividades legais teve que ser paralisada ou reduzida no auge da doença”, argumenta Cintra Neto.