Pular para o conteúdo
Cotidiano

Após dia de caos, fim da greve causa alívio e ônibus voltam às ruas em Campo Grande

População foi pega de surpresa nesta terça com greve que durou o dia todo
Danielle Errobidarte, Lucas Mamédio -
repasses ônibus consórcio
Ônibus em Campo Grande (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

Após um dia muito difícil para o campo-grandense que depende de ônibus, por conta da greve que durou o dia inteiro nesta terça-feira (21), a quarta-feira (22) começa diferente. Nos terminais, os ônibus circulam normalmente e a impressão dos passageiros é que tudo está como antes.

Nemia Nérico trabalha na casa de uma família e esperava seu ônibus no terminal Hércules Maymone. Ontem, assim como a maioria, ela foi pega de surpresa. “Hoje eu liguei no terminal antes para saber se tinha voltado”.

Uma funcionária da escola do Hércules Maymone, de 41 anos, que não quis se identificar, conta que ficou uma hora esperando ônibus nesta terça. “Eu pego ônibus 5h30, fiquei esperando lá no ponto e só fui saber da greve depois das 6h”.

Já nesta quarta, durante o período em que a reportagem esteve no terminal Hércules Maymone, todas as linhas funcionavam normalmente. Além disso, vários passageiros contaram que nos bairros os ônibus passaram nos horários em que usualmente passavam.

Gislaine Pinto, estudante de 22 anos, faltou à aula ontem. À tarde, período quando ela trabalha, teve de usar aplicativo de carona paga. “Ontem cheguei a vir para o terminal, mas estava fechado”.

Gislaine perdeu aula na faculdade esta terça-feira (Foto: Henrique Arakaki/Midiamax)

Acordo para o fim da greve

Acordo entre o STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores do Urbano de ) e o Consórcio Guaicurus põe fim à greve dos motoristas deflagrada na madrugada desta terça-feira (21) em Campo Grande.

Dessa forma, ficou acordado que o pagamento do vale de 40% do salário será pago no dia 28 deste mês. “Não era o que queríamos. Queríamos que o pagamento fosse feito amanhã [dia 22]”, declarou o presidente do STTCU, Demétrio Freitas.

O que ficou definido com os motoristas:

  • Pagamento do vale de 40% — que deveria ter sido pago no dia 20 — no dia 28.
  • O APLR (percentual de 9% do salário-base) que seria pago no dia 20 do mês passado, será quitado no próximo dia 30 — motoristas já receberam 50%.

O desembargador do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), André Oliveira, que mediou a audiência, explicou que o acordo foi importante, mas ressaltou que se trata de medida paliativa e não resolve o problema da empresa e prefeitura. “Apenas ganhamos tempo”.

O magistrado falou sobre a porcentagem dos alunos do município que utilizam o transporte coletivo, que é de 17%. “É necessário nova leitura de adequação entre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura”, pontuou.

A procuradora do MPT-MS (Ministério Público do Trabalho), Candice Gabriela Arósio, também reforçou que a situação não está resolvida. “Esperamos que essa questão possa ser resolvida nos próximos dias”, concluiu.

Greve de última hora

Campo Grande amanheceu sem ônibus circulando pelas ruas com a deflagração ‘de última hora’ da greve dos motoristas de ônibus. O Consórcio Guaicurus alegou estar em dificuldade financeira, apesar de receber repasse mensal de R$ 1 milhão da prefeitura.

O fechamento das garagens, no entanto, foi deliberada pela direção do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande) na noite desta segunda, sem realização de assembleia.

Demétrio Freitas, presidente do sindicato, disse ao Jornal Midiamax que a situação “chegou no limite” e que as garagens não seriam abertas nesta terça.

Greve ‘coincide’ com véspera de julgamento importante

A greve de motoristas de ônibus aconteceu exatamente uma semana antes de julgamento que pode anular a concessão do Consórcio Guaicurus. Desde 2012, o grupo de empresas explora o transporte coletivo da Capital com estimativa de faturar até R$ 3,4 bilhões até 2032, último ano de vigência da concessão.

Marcada para o próximo dia 28 de junho, a audiência de instrução e julgamento será presidida pelo Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos. O julgamento dá início ao desfecho de um processo de investigação iniciado em 2019 pelo MPMS (Ministério Público Estadual) e que chegou ao Judiciário em setembro de 2020, em forma de ação civil pública.

No processo, o elencou uma série de irregularidades identificadas durante a investigação e que, na visão da 30ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, são suficientes para anulação do contrato.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

VÍDEO: sucuri é flagrada entre rodas de caminhão após viajar por alguns quilômetros

VÍDEO: Gol fica destruído por incêndio no Jardim Leblon

Uruguai, Paraguai e Colômbia carimbam vaga para a disputa da Copa do Mundo de 2026

Irmãos condenados por estupro de crianças são presos em Terenos

Notícias mais lidas agora

Deputado do RJ usava loja do Flamengo em Campo Grande para lavar dinheiro de facção, diz MP

VÍDEO: Crianças se arriscam em quadriciclo em meio a carretas e carros na BR-163

Após 30 anos, Teatro José Octávio Guizzo é reinaugurado em Campo Grande

vacina covid-19

Covid é principal causa de internação por síndrome respiratória no Rio

Últimas Notícias

Economia

Industriais buscam parceiros nos EUA para tentar reverter tarifaço

Os industriais estão nos Estados Unidos em uma comitiva liderada pela CNI

Polícia

Um é preso com carro roubado no DF e 1,3 tonelada de maconha

A droga apreendida está avaliada em R$ 3,8 milhões

Trânsito

VÍDEO: incêndio destrói carreta em Iguatemi

A informação é a de que ninguém ficou ferido

Esportes

Brasil é dominante e vence Chile em noite do 1º gol de Estêvão e retorno triunfante de Paquetá

A noite foi especial também para Lucas Paquetá