Mesmo com decisão da Justiça, escolas seguem fechadas e professores fazem assembleia

Justiça determinou fim imediato da greve que iniciou no dia 2 de dezembro

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Escolas e EMEIs continuam paralisadas. (Foto: Henrique Arakaki/Jornal Midiamax)

As escolas e EMEIs da rede municipal de ensino de Campo Grande seguem sem aulas na manhã desta quarta-feira (7), mesmo após a decisão da Justiça que determinou a suspensão imediata da greve dos professores na tarde de terça-feira (6)

A reportagem do Midiamax esteve em duas escolas e uma EMEI e verificou que seguem sem atividades nesta manhã a Escola Municipal Professor Arlindo Lima, na Rua Barão do Rio Branco, a Escola Municipal Bernardo Franco Baís, na Calógeras, e na Escola Municipal de Educação Infantil Eleodes Estevan, na Avenida Afonso Pena.

Na decisão que determinou a suspensão imediata da greve dos profissionais da educação, o desembargador Sérgio Fernandes Martins afirma que não é justo que os alunos não tenham aulas a poucos dias para o recesso escolar e que tenham de repor futuramente próximo ao ano-novo. 

Além disso, ele pontua na decisão que “110 mil alunos da rede municipal de ensino serão diretamente prejudicados com a paralisação, sem direito à educação, alimentação e a conclusão do ano letivo”.

O Midiamax apurou que está marcada para as 8 horas desta quarta-feira uma assembleia geral extraordinária na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) para discutir a greve na Reme (Rede Municipal de Ensino). 

Por que os professores entraram em greve?

Os professores da Reme entraram em greve no último dia 2 de dezembro, após recusarem a proposta de reajuste salarial de 4,78% mais R$ 400 de vale-refeição por 40 horas.

Os educadores pedem que a prefeitura cumpra com a Lei 6.796 de março deste ano que prevê o aumento escalonado do salário de 67% até 2024 para o piso de 20 horas. 

O texto prevê o reajuste da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.

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