Passageiros se dividem sobre fim do uso de máscaras no aeroporto de Campo Grande

O uso de máscaras agora é apenas uma recomendação nos aeroportos e durante voos no país

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Após a Anvisa retirar a obrigatoriedade das máscaras em aeroportos e durante os voos no Brasil, os passageiros em Campo Grande dividem opiniões sobre o item de proteção individual. A proteção obrigatória foi implementada em dezembro de 2020, durante o auge da pandemia do coronavírus no Brasil.

No Aeroporto Internacional de Campo Grande, entre embarques e desembarques, alguns passageiros preferem continuar com o uso, enquanto outros afirmam que já que não é obrigatório, não usará mais o item.

Mídia externa do aeroporto, Eduarda Karlet, de 23 anos, disse que prefere manter o uso da máscara, tanto por sua segurança quanto pelo trabalho. “É importante”, afirma. Outra passageira que também prefere seguir com o EPI, é Patrícia De Targlia, que na tarde desta quinta-feira (18), seguia para SP. “Vou manter o uso, dá mais segurança para viajar”, disse.

Romulo
Romulo | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Como o uso agora é apenas recomendado pelo órgão de vigilância sanitária, as máscaras não serão mais um item no uso de alguns passageiros. Romulo Marinho, estava prestes a embarcar para Belo Horizonte e confessou que não usará mais.

“Tenho rinite e incomoda um pouco a respiração. Viajo com frequência, mas claro, se tiver algum risco, eu volto a usar”, pontuou o empresário.

Da mesma maneira pensa a estudante de odontologia Thais Farias, de 24 anos. “Não gostaria mais de usar, se é uma recomendação, não usarei. Mas se eu estiver com um resfriado, mesmo com minha carteira de vacinação em dia, voltarei a usar”, disse.

A caminho de Recife, Marcelo Alves, de 25 anos, afirmou que manterá o uso de máscaras em ambiente fechado, como nos voos, por exemplo. “São várias outras doenças. E o uso evita qualquer tipo de contaminação”, afirma.

Yasmin Souza, de 25 anos, e o companheiro, Jean Barros, de 26, dividem a mesma opinião. “Em ambiente com aglomeração, é importante usar máscara. Incomoda, mas não tem outro jeito”.

aeroporto
Aeroporto de Campo Grande | Foto: Nathalia Alcântara, Midiamax

Desobrigatoriedade das máscaras

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou por unanimidade na tarde desta quarta-feira, 17, a suspensão da obrigatoriedade do uso de máscara facial em aeroportos e aeronaves do Brasil. A proteção compulsória foi implementada em dezembro de 2020, auge da pandemia do coronavírus no País.

O entendimento é de que a máscara facial ainda é recomendável em espaços públicos como aeroportos e aeronaves, mas não mais obrigatória. Assim, ela passa de uma medida de saúde coletiva para um “compromisso de responsabilidade individual”. segundo os técnicos.

A obrigatoriedade de máscaras faciais em aeroportos já foi debatida pela Anvisa em outras reuniões deste ano, mas tinha sido mantida até então.

Em 22 de maio, por exemplo, a agência permitiu que os serviços de alimentação a bordo das aeronaves fosse retomado, mas não suspendeu o uso obrigatório de máscaras.

A Anvisa alegou nesta quarta que a mudança de posicionamento sobre o tema foi motivada em partes pela portaria emitida pelo Ministério da Saúde em 22 de abril, que declarou o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) pelo novo coronavírus. Também foram considerados o cenário internacional da pandemia, o comportamento sazonal do vírus, a quantidade atual de mortes diárias e a capacidade de atendimento na rede pública de saúde.

Segundo os membros da Anvisa, há uma estabilização com tendência de queda no cenário epidemiológico da covid no Brasil e, após reunião com epidemiologistas e infectologistas, as projeções não apontaram que a suspensão da obrigatoriedade de máscaras não teria impacto no número mortes pelo coronavírus.

A média móvel de mortes pela covid no País, de acordo com o consórcio dos veículos de imprensa, tem se mantido em torno de 200 nas últimas semanas. Ao mesmo tempo, mais de 47% da nossa população total já foi imunizada com a dose de reforço contra a covid.

(Agência Estado)

Conteúdos relacionados

consórcio contrato