Apesar de aumento nos casos de Covid, MS não prevê volta obrigatória das máscaras
Reinaldo Azambuja destacou a importância da vacinação e prevê ações publicitárias de conscientização
Dândara Genelhú, Nathália Rabelo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Os casos positivos de Covid-19 voltaram a subir em Mato Grosso do Sul, conforme pontuado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde). No entanto, o Estado não prevê retomar a obrigatoriedade no uso das máscaras por enquanto, conforme disse o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) na manhã desta quinta-feira (17), durante coletiva de imprensa de transição de governo para Eduardo Riedel (PSDB).
A decisão é porque o Estado não registra grandes internações por Covid neste momento. “O problema é que está tendo muita contaminação. Pessoas com comorbidades, eventos muitas vezes com aglomeração. Voltarmos ao uso da máscara, não vai ser obrigatório, mas é uma recomendação que estará nestas campanhas publicitárias”, disse
Ainda conforme pontuado por Reinaldo, muitas pessoas ainda não tomaram todas as doses da vacina disponíveis. Dessa forma, a quebra no esquema de imunização abre brechas para que o vírus circule facilmente no Estado, aumentando o risco de nova onda de contaminação.
“É importante fazer com que as pessoas completem o ciclo vacinal. Se completar o ciclo vacinal nós teremos aí uma imunidade muito boa nas pessoas e principalmente uma proteção. Sem o ciclo vacinal completo, pode ter problemas principalmente para as pessoas que tem comorbidades, que é o que está acontecendo”, continuou.
Reinaldo ainda destacou que muitas crianças nem tomaram a primeira dose da vacina ainda. “Tem dose disponível para este público”, afirmou.
Covid-19 em MS
Mato Grosso do Sul ainda não tem nenhum caso confirmado da nova variante da Covid-19, chamada BQ.1. Mesmo assim, os casos positivos para a doença voltaram a subir. A SES (Secretaria Estadual de Saúde) emitiu ofício para as prefeituras dos 79 municípios reforçarem a vacinação completa e testagem.
Boletim epidemiológico divulgado nesta quarta-feira (16) mostra que a média de casos confirmados nos últimos sete dias é de 40,7. Mais que o dobro da média de 18,1 registrada na semana anterior.
De acordo com o secretário Flávio Brito, a secretaria continua monitorando os casos. Para ele, o aumento recente de positivos é consequência dos descuidos da população e da negligência em relação às vacinas.
“O número de casos confirmados ainda não pressiona o atendimento de saúde e os óbitos são poucos, geralmente em pessoas que não completaram o ciclo vacinal disponível, são grupo de risco e abandonaram os cuidados como máscara e álcool”, afirma o secretário.
No ofício enviado aos municípios, a SES reafirma a necessidade dos cuidados em relação às novas variantes da Covid-19, confirmadas no país e que podem chegar ao Estado a qualquer momento.
Dessa forma, recomenda que, diante do “alto potencial de gerar uma nova onda de casos de Covid-19”, as variantes causam “grande preocupação” na secretaria estadual que reforça a “necessidade urgente de fortalecimento das medidas mitigatórias contra o Coronavírus, além das rotineiramente já adotadas”.
O Estado também emitiu a Nota Técnica 25, em que relaciona como as secretarias devem agir diante de pacientes com sintomas respiratórios ou com teste positivo para a Covid-19. Na nota, o Estado recomenda o uso de máscaras a toda população e o distanciamento social.
Variante BQ.1: pode existir nova onda em MS?
Apesar do Estado não ter casos da BQ.1 confirmados até o momento, existe a possibilidade de ter nova onda de contágio em Mato Grosso do Sul, assim como ocorreu com demais linhagens da Covid-19.
Segundo a infectologista Mariana Croda (CRM: 5853), da SES, isso acontece devido a inúmeros fatores: pessoas não vacinadas ou com esquema de imunização incompleto, aumentos da circulação de pessoas com festas do fim do ano e afins. Apesar disso, a especialista tranquiliza a população. “Mesmo com uma possível nova onda aqui no Estado, não vai ser na mesma gravidade igual ao passado”, diz.
Nesse sentido, ela ainda pontua que a gravidade da BQ.1 é a mesma das cepas já registradas anteriormente. Então, os grupos de risco continuam os mesmos:
- Imunossuprimidos;
- Pessoas não vacinadas ou com vacinação incompleta;
- Idosos;
- Portadores de doenças crônicas.
“Você aumenta o número de casos, aumenta o número de risco. Por isso, pessoas do grupo de risco podem vir a óbito. Além disso, a maior circulação do vírus permite nova variante e é isso que o Estado deseja suprimir. Afinal, as vacinas não previnem infecção, previnem sintomas graves e óbitos”, ressalta. Dessa forma, medidas individuais são imprescindíveis.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Motorista do Consórcio Guaicurus é flagrado usando celular enquanto transportava passageiros
- Idoso é encontrado morto após cair em lagoa no interior de MS
- Dívida de drogas teria motivado assassinato de ‘Pinguim’ em confraternização, segundo amigos
- Adolescente morre na Santa Casa dois dias após bater na traseira de carreta na BR-262
Últimas Notícias
Governo Federal destina mais de R$ 4,6 milhões para o SUS de Campo Grande
Verba será destinada para diferentes setores da saúde de Campo Grande
Hospital Universitário promove mutirão gratuito para diagnóstico do câncer de pele na próxima semana
Atendimento será gratuito, das 9h às 15h, por ordem de chegada
Natal e Ano Novo impulsionam comércio de MS e consumidores devem gastar até R$ 456 em presentes
Em 2024, projeções indicam que as festas de Natal e Ano Novo movimentarão R$ 1,27 bilhão em Mato Grosso do Sul
Motociclista é espancado a pauladas por trio, desmaia e tem veículo roubado em Corumbá
A motocicleta roubada é uma Yamaha Factor YBR125, placa HTU 6583
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.