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Cotidiano

Abrigo de moradores de rua, antigo prédio do Labcen está prestes a ser devolvido ao Governo

Prefeitura afirma que falta apenas tirar algumas mobílias para devolver prédio ao Governo de MS.
Mariane Chianezi -
Prédio antigo do Labcen está abandonado na Avenida Calógeras, Centro de Campo Grande | Foto: Marcos Ermínio, Midiamax

Desativado há quatro anos, o antigo prédio do Labcen, localizado no Centro de , na Avenida Calógeras, está prestes a ser devolvido ao Governo do Estado. Ainda sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal, o imóvel que atualmente é reduto de moradores de rua, tem trâmite de entrega em em fase final, informou a (Secretaria Municipal de Saúde).

Nesta quarta-feira (17), comerciante entrou em contato com o Midiamax para relatar o “limpa” que os usuários de drogas têm feito no prédio. Mesas e cadeiras deixadas para trás serve como moeda de troca para drogas. “Eles vendem e usam o dinheiro para comprar drogas. Não temos paz aqui na região desde que está abandonado”, disse moradora.

Anteriormente, em relato de de morador furtando mesa em plena luz do dia, a Prefeitura Municipal informou que iria reforçar as rondas na região para coibir os crimes. Mas mesmo com a presença dos agentes os usuários não se intimidam.

Em nota encaminhada nesta quarta, a secretaria de Saúde diz que o prédio será devolvido em breve. “A Sesau informa que a devolução do prédio ao Governo do Estado já está em processo final, sendo necessário apenas o remanejamento de alguns mobiliários que estão no local. Não há nenhum material de uso ainda lá. A questão da segurança cabe aos órgãos competentes responder”, disse.

O local deve ser revitalizado e usado pela Fundação de de Mato Grosso do Sul, disse anteriormente a SAD (Secretaria de Estado de Administração e Desburocratização).

foto: Reprodução/Fala Povo, Midiamax
Prédio antigo do Labcen está abandonado na Avenida Calógeras, Centro de Campo Grande | foto: Reprodução/Fala Povo, Midiamax

Furtos no antigo prédio do Labcen

Um usuário de drogas foi flagrado por moradora furtando um armário do prédio abandonado do antigo Laboratório Central, na Avenida Calógeras, em Campo Grande. Moradores e comerciantes relataram a situação espantosa que vivem.

Através do canal de comunicação com os leitores, uma moradora disse ao Midiamax que pela manhã os moradores de rua estavam carregando fios do prédio e por diversas vezes chegam a brigar com faca e pedras. “É perigoso para nós que saímos tarde do trabalho”, disse.

Comerciantes sofrem com abandono

Enquanto o prédio não tem serventia para o poder público, quem sofre com o abandono são os comerciantes e moradores da Avenida Calógeras, pois os usuários de droga, que antes viviam aos arredores da antiga rodoviária, agora migraram para a região e se espalham em outros imóveis descuidados. 

Ao Jornal Midiamax, Jaime, que tem uma joalheria perto do prédio, diz que muitos clientes deixaram de ir na loja por conta dos usuários de droga que vivem nos prédios.

E vivem, literalmente, pois com o prédio abandonado, os moradores de rua arrombaram as grades da porta e tomaram o interior, fazendo do local a sua casa.

“Eles perturbam os clientes, ficam pedindo dinheiro e quando não dão, tentam intimidar. Já cansei de ver os outros comerciantes fecharem as portas aqui por que não aguentam. Esse prédio abandonado só colaborou para essa situação”, disse Jaime. 

Carmelo Mendes morava em um sobrado, acima da loja de Jaime, e conta que os usuários de droga que ficam na região já chegaram a escalar árvores para tentar invadir a residência. “Precisei me mudar, não aguentava mais. Essa Calógeras, infelizmente, está largada”, pontua. 

Ao lado do prédio do antigo laboratório, um salão que antes era uma lanchonete está de portas fechadas. O relato dos colegas ao lado é de que a proprietária adoeceu com a situação e decidiu encerrar as atividades.

Juraci Sobrinho, dono de uma loja de aviamentos, disse que o fluxo de pacientes que procuravam o laboratório ajudava a impulsionar o comércio local. Mas tudo mudou de uma hora para outra. 

“Ninguém aguenta mais, eu ainda estou aqui porque tenho minha clientela, mas quem depende de fluxo de pessoas, fecha. A lanchonete ao lado precisou fechar porque eles [usuários de droga] invadiram esse prédio e passaram a incomodar os clientes”, comenta.

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