Com 19 casos confirmados da varíola dos macacos, segue à espera do envio de vacinas e remédios antivirais prometidos pelo para imunizar moradores e tratar pacientes. Ainda sem prazo para o recebimento ou informação sobre quantos lotes serão enviados, a Secretaria Estadual de Saúde critica a falta de definição sobre o público-alvo.

“Continuamos aguardando as vacinas e os antivirais e não temos previsão de quando nem de quantos vamos receber. Outro ponto importante é que não sabemos quem será o público-alvo. Serão familiares de contaminados? Serão profissionais da saúde?”, questiona o secretário estadual de saúde, Flávio Britto.

Enquanto não recebe orientações do Ministério da Saúde, o secretário afirma que a SES segue acompanhando a evolução da doença no Estado que, segundo ele, está “muito veloz”. No início do mês, comitê estadual foi criado para definir ações integradas de enfrentamento à doença.

“Apesar do aumento, a taxa de letalidade é baixíssima e não é uma doença agressiva. O setor de saúde também não é impacto como foi com a covid-19, por exemplo. O paciente faz tratamento em casa e termina entre duas e quatro semanas”, pontua.

Até que as vacinas cheguem e sejam distribuídas ao maior número de pessoas, o secretário apela para que a população mantenha cuidados. “É preciso estar atento, evitar contato e não brincar”, finaliza.

Na semana passada, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde importe e utilize a vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos no Brasil. A agência também deu a mesma autorização para o medicamento Tecovirimat, utilizado no tratamento da doença.