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Cotidiano

Wolbachia: Mosquitos serão soltos em mais 15 bairros de Campo Grande no final de outubro

Método iniciará sua terceira fase na Capital; outras três estão previstas
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Mosquitos ajudam a prevenir doenças causadas pelo Aedes aepypti
Mosquitos ajudam a prevenir doenças causadas pelo Aedes aepypti

No final de outubro, deve ter início a terceira fase do projeto Wolbachia no combate às doenças transmitidas pelo . Novamente será feita a soltura destes insetos, em mais quinze bairros de , além da introdução de uma nova ferramenta no trabalho.

De acordo com a prefeitura, a previsão para soltura dos mosquitos é dia 25 de outubro e acontecerá em todos os bairros que fazem parte desta terceira fase: Carandá Bosque, Carlota, Chácara Cachoeira, Dr. Albuquerque, Estrela Dalva, Paulista, Maria Aparecida Pedrossian, Noroeste, Rita Vieira, São Lourenço, Tiradentes, TV Morena, Universitário, Jardim Veraneio e Vilas Boas.

Para que inicie esta nova etapa do projeto, previsto para ser concluído em seis fases, foi necessário antecipadamente que se realizasse o engajamento da população na região, fazendo com que os moradores já estejam cientes de como é feito o trabalho e que esta liberação não gera riscos à saúde.

“Só iniciamos a soltura dos mosquitos quando temos um índice de aprovação satisfatório. Antes da fase de engajamento é feita uma pesquisa de opinião com a comunidade, e depois dela é feita outra, se percebermos que ainda não há uma quantidade necessária de pessoas com conhecimento sobre o projeto, nós retomamos as ações de engajamento”, explica o coordenador da ação em Campo Grande, Antônio Brandão.

Na região das Moreninhas, onde já acontece a soltura dos mosquitos, também será iniciada uma nova ferramenta, onde, através de um projeto-piloto, é feita a soltura de ovos do mosquito. As Casas do Wolbito serão instaladas pelas equipes da prefeitura em locais públicos, com água, ovos do mosquito e alimentação para as larvas.

“Sempre é importante lembrar que esses mosquitos não são geneticamente modificados e que não fazem nenhum mal ao ser humano e meio ambiente, mas os cuidados contra a proliferação do Aedes devem continuar normalmente, essa é uma ferramenta auxiliar”, alerta o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho.

Wolbachia

O Método Wolbachia tem eficácia comprovada em um estudo Clínico Randomizado Controlado (RCT, sigla em inglês), realizado em Yogyakarta, Indonésia, que aponta uma redução de 77% na incidência de dengue e redução em 86% de hospitalizações em decorrência da doença em áreas tratadas com Wolbachia em comparação com áreas não tratadas.

No Brasil, dados preliminares observacionais apontam redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a liberação dos Aedes aegypti com Wolbachia.

A Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti, e foi introduzido por pesquisadores do WMP, iniciativa global sem fins-lucrativos que trabalha para proteger a comunidade global das doenças transmitidas por mosquitos.

Quando presente no Aedes aegypti, a Wolbachia impede que os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre-amarela se desenvolvam no inseto, contribuindo para a redução destas doenças. Não existe modificação genética neste processo.

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes mosquitos, todos com Wolbachia. Veja a ilustração abaixo.

Método Wolbachia em Campo Grande

Em Campo Grande, as liberações começaram pelos bairros da Fase 1 de implementação: Guanandi, Aero Rancho, Batistão, Centenário, Coophavila II, Tijuca e Lageado. Nestes bairros, os Wolbitos foram liberados semanalmente, durante 30 semanas, por agentes da prefeitura.

Na Fase 2, os bairros contemplados foram: Taquarussú, Jacy, Jockey Club, América, Piratininga, Parati, Pioneiros, Alves Pereira, Centro Oeste e Los Angeles.

O Método Wolbachia é complementar às demais ações de controle das arboviroses realizadas pela prefeitura. A população deve continuar a realizar as ações de combate à dengue, zika e chikungunya que já realizam em suas casas e estabelecimentos comerciais.

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