Após matéria do Jornal Midiamax sobre vacinação de dois adolescentes contra em , a 419 km de Campo Grande, o fato de um dos imunizados ser filho de uma vereadora da cidade revoltou moradores. À reportagem, a vereadora disse que só soube da vacinação do filho de 16 anos, depois da aplicação da dose e negou que influência política tenha facilitado o acesso do menino à vacina.

“Fiquei até surpresa, fiquei sabendo após ele ter tomado a vacina”, disse ao Jornal Midiamax. Assim, ela lembrou que “ele chegou em casa e contou ‘mãe hoje eu tomei vacina'”. Então, ela afirmou não sabia da vacinação e inclusive, não autorizou a aplicação da dose no menor de idade.

A vereadora disse que a responsabilidade foi do secretário. “Não assinei nada e nem fui informada ele iria tomar a vacina. A autorização foi do secretário de Saúde”. Ela lembrou que o garoto de 16 anos estava trabalhando em uma farmácia e recebeu a dose por causa do cadastro que o patrão do adolescente fez.

“Ele estava no emprego dele e o patrão dele que foi responsável. Eu não tinha ciência, ele era funcionário”. Assim, a parlamentar ainda disse que ele “tomou [a vacina] como funcionário da farmácia, não por ser filho de vereadora”.

Investigação

De acordo com a parlamentar, a vacinação ocorreu em fevereiro. Então, mesmo sabendo que não é recomendada a aplicação de doses em menores de 18 anos, pela falta de pesquisas, ela disse que não está preocupada. “Já faz tempo que ele tomou, foi em fevereiro, e não deu nenhuma reação'.

Por fim, ela destacou que a vacinação do menor de idade já havia sido investigada. ” E agora só tomou essas proporções novamente por questões políticas. Inclusive, houve judicialmente já foi até respondido, o secretário. A responsabilidade não é minha, é do secretário de Saúde”, finalizou.

O (Ministério Público de ) segue investigando o caso, mas ainda não foram concluídas as ações.  A reportagem do Jornal Midiamax tentou contato com a  Secretaria Municipal de Saúde de Cassilândia, que não atendeu as ligações. O município não respondeu aos questionamentos via e-mail até a publicação desta reportagem. No entanto, o espaço segue aberto para posicionamentos.

O Jornal Midiamax não irá identificar o nome da vereadora, da farmácia ou qualquer informação que possa identificar o adolescente. A medida é tomada como preconiza o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).