Venda de máscaras e álcool em gel cai e produtos sobram nas farmácias de Campo Grande
Estabelecimentos percebem uma queda gradual na procura com melhora nos indicativos da pandemia
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Depois de um ano e meio de pandemia, farmácias percebem uma queda gradual na busca por EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) em Campo Grande. Enquanto no começo da pandemia houve uma corrida em busca de álcool em gel e máscaras descartáveis, agora os produtos até sobram nas prateleiras, o que pode indicar um certo descuido da população conforme a situação melhora.
A reportagem entrou em contato com drogarias de diferentes bairros da Capital, mas todas relataram o mesmo: uma queda significativa nas vendas dos dois produtos mais essenciais na pandemia. Os funcionários relatam que a queda na venda dos itens tem sido gradativa, mas se acentuou ainda mais no último mês.
“De uns 15 dias para cá, diminuiu ainda mais. O álcool em gel principalmente, as máscaras ainda há procura. Está sobrando mesmo, não tem mais tanta demanda”, relata a trabalhadora em uma farmácia na Vila Bandeirante.
Para quem trabalha nas drogarias de Campo Grande, é perceptível a queda na procura pelo álcool em gel principalmente. É importante lembrar que mesmo com a maioria da população imunizada, o coronavírus continua presente e as medidas preventivas devem ser mantidas.
“A máscara teve uma queda nas vendas, mas nem tanto. O álcool em gel deu pra perceber que tem tido cada vez menos procura. São produtos que ainda são buscados, mas não como antes”, relata o funcionário em uma drogaria do bairro Maria Aparecida Pedrossian.
A reportagem conversou com atendentes em drogarias dos bairros Piratininga, Bandeirantes, Centro, Maria Aparecida Pedrossian e Guanandi, sendo que todos confirmaram a queda na procura pelos produtos de proteção individual.
É hora de relaxar os cuidados?
Mato Grosso do Sul atingiu no fim de semana a tão sonhada imunidade coletiva. O marco foi anunciado quando o Estado chegou a 70% dos adultos com o ciclo vacinal completo, ou seja, com duas doses ou com a dose única. “É um marco, uma meta. Estes números não têm consenso na literatura mundial, mas vamos avançar mais ainda. A gente pode chegar, até o início de outubro, a 80% imunizados. Vamos trabalhar intensamente para passar este número”, disse o secretário Geraldo Resende.
Contudo, o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Julio Croda, explica que Mato Grosso do Sul ainda precisa avançar na imunização, devendo atingir 80% da população geral vacinada. “Quando a gente compara, a imunidade de rebanho é considerada a população geral. O que pode mudar [com 70% a 80% de imunidade dos adultos] é que a taxa de internação e óbitos poderão diminuir ainda mais porque são os adultos que ficam em sua maioria internados com a doença”, disse Croda.
Como a variante Delta circula no Estado, a recomendação das autoridades de saúde é continuar com os cuidados essenciais: evitar aglomerações, fazer a higiene correta das mãos e utilizar máscaras.
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