Em Campo Grande, a variante do coronavírus P2 cresceu 40% entre os infectados. A cepa é apontada como uma das mais letais do vírus.

Dos 83 casos analisados em Campo Grande, 21 eram da P2, que representa 25% do total. Anteriormente, a Capital apresentava 15 casos da variante originada no Rio de Janeiro.

O monitoramento é feito pela SES (Secretaria de Estado de Saúde). As linhagens são genomas sequenciados pelo Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública) de MS. O sequenciamento promove a identificação da formação molecular do coronavírus.

Assim, foram analisadas 176 amostras de 43 municípios de Mato Grosso do Sul. Além disso, a Capital registrou 18% de casos com a P1, variante mais transmissível do coronavírus.

Para o Governo do Estado, estas a P1 e P2 causaram aumento da letalidade da em MS. De acordo com infectologistas, elas atingem os jovens e apresentam evolução para quadros graves da doença mais rapidamente.

Das 13 linhagens de coronavírus presentes em MS, 9 são encontradas em Campo Grande. Na cidade circula inclusive a B.1.1.44, originada do Reino Unido, Dinamarca, Islândia e recentemente confirmada em MS.

Confira quais genomas já foram encontrados na Capital:

  • B.1.1.28: Linhagem brasileira;
  • B.1.1.33: Linhagem brasileira;
  • P.2: Linhagem brasileira que surgiu no Rio de Janeiro;
  • P.1: Linhagem brasileira que surgiu em Manaus, variante descendente da linhagem B.1.1.28. Variante de preocupação, indicada por algumas pesquisas como altamente transmissível e maior potencial de gravidade;
  • B.1: Grande linhagem europeia cuja origem corresponde aproximadamente ao surto no norte da Itália no início de 2020;
  • B.1.1: Linhagem européia;
  • B.1.212: Linhagem Sul Americana;
  • B.1.1.44: Reino Unido, Dinamarca, Islândia
  • N.4: Surgiu no derivada da B.1.1.33.4.