A abertura de vagas em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) em , neste momento, é mais resultado da morte de pacientes do que da habilitação de mais leitos.

A afirmação é do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, ao comentar o aporte federal que promete custear 91 leitos de terapia intensiva no Estado, ao custo de R$ 4,3 milhões por mês.

Conforme Geraldo, grande parte dessas vagas já existia, havendo pedido do Estado para que a União arcasse com seu custeio em meio a um cenário de caos: neste sábado (3), conforme dados do Painel Mais Saúde, as 15 unidades com UTIs Covid-19 no Estado tinham ocupação crítica. Em Naviraí, a demanda era de 200% das vagas, e de 105,2% em Campo Grande.

“Aí estão incorporados leitos que estão funcionando e os novos”, explicou o secretário, que prosseguiu. “Muitos desses leitos são os que estavam funcionando e a gente pediu a habilitação deles para continuarem sendo usados”. Leitos que não eram custeados pela União vinham sendo bancados pelo próprio Governo Estadual, como anunciado anteriormente pelo Executivo.

Conforme o secretário, a situação no Estado chegou ao extremo de haver dificuldade de se encontrar novas vagas hospitalares. O problema vai desde a até a falta de recursos humanos e medicamentos.

“As vagas que estão existindo hoje em Mato Grosso do Sul são decorrente de óbitos”, disse Geraldo.

Segundo ele, na tarde deste sábado, havia uma fila de espera de 140 pacientes por vagas em hospitais no Estado, seja para leitos clínicos ou de UTI de pacientes com suspeita de Covid-19 ou SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Destes, 110 estão em Campo Grande.

As 91 vagas em UTIs a serem custeadas pelo foram detalhadas no Diário Oficial da União. Só em Campo Grande são 25 vagas: 10 na Santa Casa, 10 no El Kadri e 5 na Clínica Campo Grande.

Neste sábado, Mato Grosso do Sul totalizou 219.857 casos de coronavírus, com 4.424 óbitos. Há 1.286 pacientes internados, sendo 718 em leitos clínicos e 564 em UTIs (409 deles pelo SUS).