Após encerrar os cursos de Jornalismo e Engenharia Ambiental e Sanitária, a Estácio de Sá esta na mira do (Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor). Alunos dos cursos foram pegos de surpresa com a notícia do fechamento dos cursos, sem possibilidade de ‘negociar'  a continuidade. 

Prestes a se formar, o estudante de engenharia, João Paulo Teixeira, de 22 anos, contou ao Jornal Midiamax que os alunos tentaram novas reuniões com os coordenadores para chegar a um acordo sem envolver a Justiça, mas sem sucesso. 

“A gente fica triste, porque escolhemos um curso que a gente se encaixe, que gostamos, é um sentimento de impotência por ser algo relacionado ao nosso futuro e nós não podermos fazer nada”, disse ele. 

De acordo com João, cerca de sete alunos participaram da reunião em que foi noticiada o encerramento do curso. “Uma reunião de alunos de 7 pessoas pode se considerar uma reunião para se tratar de um fator tão importante quanto esses? São mais de 35 alunos matriculados no curso”, se indagou sobre o tratamento do assunto pela .

Na mira

Em nota enviada à reportagem, a Estácio de Sá informou que irá disponibilizar as disciplinas faltantes para os acadêmicos formandos desses cursos, que tiverem até 10 disciplinas para cursar.

“Aos demais estudantes, a Direção ofereceu a possibilidade de transferência para qualquer curso ofertado pela , com concessão de bolsa até o fim do curso”, traz o texto. 

De acordo com o Superintendente do Procon-MS, Marcelo Salomão, a instituição pode barrar o ingresso de novos alunos, mas precisa fornecer o curso até o final para aqueles que já estão com os estudos em curso. 

Ele explicou que, caso a universidade não ofereça esse recurso, o estudante não pode sofrer danos com a transferência para outra instituição por conta da matriz curricular que pode ser diferente. 

“A faculdade teve a liberdade de contratar esses alunos, portanto ela deve cumprir o contrato. Nós já recebemos algumas reclamações e vamos punir severamente; vamos notificar a instituição para que dê total auxílio aos alunos consumidores, que quando transferirem, essas adaptações sejam custeadas pela universidade”, disse Salomão ao Jornal Midiamax.

Ainda conforme nota da Estácio, a descontinuidade dos cursos deve-se à baixa demanda nos últimos anos e não há qualquer relação com a pandemia.