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Cotidiano

Um ano após perder Emily, mãe revive incerteza sobre morte da filha

Há um ano atrás, a família sofreu com a perda da menina após morte cerebral – não confirmada – enquanto estava internada no HU da Capital.
Arquivo -

Esta quarta-feira (17) amanheceu mais triste para a família de Maria Creusa, esposa e mãe de dois filhos. Hoje é uma data que todos vão relembrar com mais saudade de Emily Vitória Saraiva de Jesus. Há um ano, a família sofreu com a perda da menina após morte cerebral, até hoje não conclusiva, enquanto ela estava internada no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em .

O Jornal Midiamax, que acompanhou toda a história na época, conversou com Maria Creusa para entender como a família está conseguindo lidar após sofrer uma perda tão dolorosa.

De acordo com Maria, o ano de 2020 não foi fácil. Logo após o trauma de perder a criança de 5 anos, começou a pandemia. Devido ao isolamento social, todos da família passaram a ficar apenas em casa, onde as lembranças são mais intensas. Mas que, apesar de tudo, guarda o sorriso de Emily eternamente no coração.

“A gente está bem, a gente sente muita falta dela, saudade de tudo. E a gente não evoluiu muito praticamente por causa da pandemia, a gente acabou não vendo ou fazendo muita coisa diferente. Eu acabei ficando em casa para cuidar dos meus filhos”, comenta.

Apesar da pandemia do Covid-19 não ter oportunizado muitas experiências e descobertas que ajudariam a família a superar a dor, Maria Creusa afirma que recebe muito apoio de amigos, parentes e de pessoas que se solidarizaram na Internet.

Hoje, será realizada a missa de 1 ano em à Emily. “A gente queria mesmo é lembrar a história dela, do que ela viveu no hospital”.

Relembre o caso

Emilly Vitória Saraiva de Jesus, de 5 anos, morreu enquanto estava internada no HU, na Capital de MS. A criança tinha e foi diagnosticada com Doença de Mayomoya em 2018, uma doença neurológica grave.

Ela precisaria passar por três cirurgias, cada uma orçada em R$ 100 mil. A família movimentou a Internet com vaquinhas e eventos beneficentes para arrecadar o dinheiro. Depois, ingressou com ação na Justiça para obrigada o Estado a custear os procedimentos. A decisão foi favorável, mas não cumprida.

E então, no dia 31 de janeiro do ano passado, Emily deu entrada no hospital em decorrência de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), onde chegou a falecer tempos depois.

Outra questão que ainda tira o sono da família é a incerteza sobre motivo da morte de Emily, uma vez que o resultado para morte encefálica foi inconclusivo. O único hospital que possuía o equipamento que poderia confirmar com certeza a morte cerebral da garota era o da Santa Casa. Porém, o equipamento estava em manutenção.

Além disso, o transporte para a unidade também trazia riscos à paciente. Em função disso, a família denunciou a situação e tratou como descaso a falta do instrumento adequado em MS.

Um ano depois, Maria Creusa afirma que o resultado da morte ainda não foi confirmado e que a família continua vivendo na incerteza. “Não mudou nada, ficou tudo na mesma. Nós entramos com o processo junto com o , mas parou tudo por causa da pandemia. Por enquanto ainda não nos deram nenhum posicionamento sobre a morte dela”, explica a mãe.

Um dia de cada vez

Maria Creusa, seu esposo Waldesson Pereira e os dois filhos, de 9 e 15 anos, lembram todos os dias das ótimas lembranças deixadas por Emily. E, apesar de ser uma situação difícil, é dos momentos bons que estão apegados.

“Ela era uma criança muito sorridente, era alegre, sempre estava rindo, brincando e sorrindo”, relembra. Emily deixou uma história linda. Sua força, coragem e personalidade são as inspirações para a família conseguir lidar com uma dor que se faz presente há um ano. Mas eles também sabem que, um dia após o outro, o que ficará eternizado é o amor que compartilham entre si.

Um ano após perder Emily, mãe revive incerteza sobre morte da filha
Família reunida mostra união entre o amor (Foto: Reprodução, Arquivo Pessoal)

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