“Ainda não há nenhuma política de saúde institucionalizada pelo PNI (Plano Nacional de Imunização) que dê respaldo aos estados e municípios de aplicarem alguma que vai além do planejado dentro do PNI. Creio que é inviável no momento e é uma pauta que ainda deve ser discutida entre os três entes federados (União, Estados e municípios)”, explica. 

Alguns Estados têm discutido sobre a próxima campanha de vacinação contra o coronavírus. O estado de São Paulo, por exemplo, anunciou que vai iniciar um novo ciclo em janeiro de 2022. O próprio secretário estadual de saúde de , Geraldo Resende, também já comentou brevemente sobre a possibilidade de uma nova campanha no ano que vem, mas a vacinação vai depender do PNI. 

Em nota, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) reforçou que deve seguir as determinações do Plano Nacional de Imunização. “O Ministério da Saúde, através do PNI, é o responsável pela elaboração de cada campanha de vacinação”, ressalta a secretaria. 

A infectologista Mariana Croda também aponta que não há dados suficientes para dizer se as campanhas de vacinação contra o coronavírus serão anuais. “Ainda não [é possível prever]. Não há estudo da duração da imunidade”, comenta. 

Estudo com 3ª dose

A autorizou a realização de um estudo clínico para avaliar a segurança e eficácia de uma terceira dose da vacina Astrazeneca. A será feita com participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.  

A terceira dose da vacina da Astrazeneca será aplicada entre 11 e 13 meses após a segunda dose. “Trata-se de um estudo de fase III, controlado, randomizado, simples-cego, ou seja, em que só o voluntário não saberá o que tomou: se uma dose da vacina ou de placebo”, informa a Agência. 

O estudo contará com a participação de voluntários de 18 a 55 anos, que estejam mais expostos ao vírus, como é o caso dos profissionais da saúde. 

80% da população vacinada até agosto

A imunização contra o coronavírus continua avançando em Mato Grosso do Sul e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) já anunciou que o Estado pode ter, pelo menos, 60% da população adulta imunizada com as duas doses e 80% de vacinados com ao menos uma dose até o fim de agosto. O mês de agosto deve ser o ponto de partida para a retomada das atividades em Mato Grosso do Sul.

“Nossa projeção é que em agosto 80% dos sul-mato-grossenses tenham sido vacinados com pelo menos uma dose”, disse Geraldo Resende.