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Cotidiano

Ruas esburacadas e ‘lixão’ geram sentimento de abandono em moradores do Vespasiano Martins em Campo Grande

Nem câmeras ou a reportagem intimidam moradores no momento do descarte irregular
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Moradores apontam os problemas
Moradores apontam os problemas

Caminhar pela rua Floria Britez de Eugênio, no bairro , em , é como percorrer uma verdadeira trilha florestal, o cuidado deve ser redobrado e os buracos formados na via de areia são propícios para quedas de pessoas e também de veículos. Para os moradores, bom seria se este fosse o único problema.

Silvia Marques, de 53 anos, mora no local há 10 anos e conta todo o processo de ‘abandono’ do bairro. De acordo com a moradora, na rua funcionava uma associação com campo de futebol e área de lazer, o que gerava mais cuidados no espaço. Hoje, o espaço um pouco mais abaixo, onde havia uma ocupação, se tornou um lixão a céu aberto. “Eu já filmei pessoas jogando lixo aqui e eles nem ligam”, disse Silvia.

Não somente as lentes do celular de uma moradora, mas a equipe de reportagem parece não intimidar os moradores de utilizarem a rua como local de despejo. No momento em que os moradores apontavam o local da ocupação, hoje desabitado, uma criança limpava as panelas de casa jogando os restos de comida no chão. “Desde pequena já aprende a jogar lixo na rua”, disse uma moradora que preferiu não ser identificada.

Lixão é causador do aparecimento de insetos como escorpiões nas residências. (Foto: Marcos Ermínio/Midiamax)

Filha de Silvia, Ariane Cristina Marques, de 30 anos, mora no local há quatro anos e relata que com o passar do tempo os velhos problemas pioram e novos acabaram surgindo. A rua, que antes apenas alagava nas chuvas, agora mais parece uma pista de rali — afinal de contas, são necessárias algumas manobras para dirigir no local.

Ariane comenta que o lixão a céu aberto, no momento, é um dos maiores problemas enfrentados pelos moradores, “já encontrei escorpião, lacraia, fora os mosquitos que juntam”. Os moradores explicam que várias pessoas ocuparam o local e construíram suas casas, mas precisaram ser realocadas porque o lugar foi considerado de risco.

Após a saída dos moradores, para impedir que novas famílias morassem nos imóveis, a saída foi a destruição. Sem limpeza, restaram os entulhos que enchem os olhos daqueles que insistem em poluir o meio-ambiente, seja com restos, móveis velhos ou materiais diversos. Caminhando pelo local é possível notar tijolos, eternit, telhas, sofás velhos, restos de alimentos, galhos secos, brinquedos e todo tipo de material descartável.

“Nem isso a gente tem”, desabafou Ariane ao ser questionada se a presidente do bairro teria feito algum tipo de pedido para a Prefeitura de Campo Grande em busca de melhorias. “Acho que é uma mulher, mas nunca apareceu aqui”, completou. “Morar aqui desse jeito é difícil”, finalizou, enquanto expressa sua indignação com os únicos problemas detectados.

A reportagem acionou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Campo Grande sobre as reclamações dos moradores, como perspectiva sobre reparos nas vias, limpeza ou autuação dos terrenos, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.

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