O estado de saúde do paciente de 50 anos internado na Santa Casa de Corumbá –a 419 km de Campo Grande– com suspeita de ter se contaminado com mucormicose (o “fungo negro”) segue inalterado. Ele se encontra em estado grave na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade hospitalar por conta da doença, que foi relacionada a casos de .

Apesar da gravidade da doença, não há previsão de transferência do paciente, que sofre de hipertensão e obesidade. A mucormicose ganhou notoriedade, principalmente, após o aumento no número de casos na Índia. Semanas depois, começaram notificações sobre a doença no Brasil.

O “fungo negro” é relativamente comum, existindo no ambiente e em alimentos como hortifrútis. A preocupação existe quando o infectado sofre com alguma doença que fragilize seu sistema imunológico –como a Covid-19. O paciente suspeito de ter a doença tomou as 2 doses da em 20 de janeiro e 5 de fevereiro.

Material foi coletado par análise, aguardando confirmação da presença do fungo. Seus parentes não manifestaram a doença.

O primeiro caso suspeito de mucormicose do Estado envolveu um paciente de 71 anos que morreu no Hospital do Pênfigo. Ele havia sido internado com Covid-19 em 18 de maio.

A mucormicose é uma infecção não transmissível causada por diversos tipos de fungos da ordem Mucorales. A doença é também chamada de “fungo negro” e possui difícil diagnóstico. Em contato com pele e mucosas, geralmente produz lesões necróticas no nariz e do céu da boca.

A SES destaca que a “mucormicose geralmente ocorre em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças”. O avanço da doença pode causar sintomas que se iniciam com dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica.

“Há a possibilidade de ocorrer lesão lítica escura na mucosa nasal ou dorso do nariz, celulite orbitária e facial, febre, ptose palpebral, amaurose, oftalmoplegia, anestesia de córnea, evoluindo em coma e óbito”, informa o comunicado.

Quando a doença está em quadros mais avançados, o tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. “Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou às vezes até mesmo do olho”, alerta a SES.

Para cura são necessárias de 4 a 6 semanas de terapia antifúngica intravenosa. Por afetar várias partes do corpo, “o tratamento requer uma equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros”.