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Cotidiano

Boletim alerta para cheia do Rio Paraguai anormal e novo período de estiagem em 2021

O Serviço Geológico do Brasil divulgou, nesta segunda-feira (18), o primeiro boletim do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do rio Paraguai deste ano. O prognóstico indica que as cotas de cheia no rio indicam anormalidade e, consequentemente, pode anteceder um novo período de seca no Pantanal de Mato Grosso do Sul. De acordo com […]
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O Serviço Geológico do Brasil divulgou, nesta segunda-feira (18), o primeiro boletim do Sistema de Alerta Hidrológico da Bacia do rio deste ano. O prognóstico indica que as cotas de cheia no rio indicam anormalidade e, consequentemente, pode anteceder um novo período de seca no de .

De acordo com o levantamento, as cotas devem registrar níveis abaixo do comportamento normal esperado para os próximos meses, período de cheia nos rios que banham o bioma pantaneiro. A preocupação é com o impacto dessa falta de recarga na bacia no período chuvoso, que pode anteceder novo período de seca intensa.

O pesquisador em Geociências, Marcus Suassuna, explica que a recuperação da principal bacia do Pantanal segue em ritmo lento, desde a severa seca do ano passado. “Ainda que seja possível a ocorrência de chuvas fortes localizadas, a exemplo do que vem ocorrendo em neste início de ano, é muito improvável que na bacia do rio Paraguai como um todo, os níveis se aproximem do comportamento médio da bacia neste ano”, disse.

O especialista hídrico ressalta que considerando as variantes do modelo de previsão de cheias, o prognóstico indica que o pico de cheia no nível do rio deve atingir cerca de 2,86 metros. Além do nível atual dos rios, o fenômeno La Niña, também apresentou mudanças de temperatura no resfriamento do Oceano Pacífico e Pacífico Norte.

Boletim alerta para cheia do Rio Paraguai anormal e novo período de estiagem em 2021
Comparação dos níveis históricos em e diferentes níveis prováveis para a ocorrência da cheia de 2021. (Foto: Reprodução/SGB)

“A cheia deste ano deve ser bem fraca. Se isso se confirmar, teremos outro ano muito seco, porque o rio Paraguai precisa dessa recarga no período chuvoso. O que não vem acontecendo a contento. Estudos recentes na bacia do rio Paraguai indicam que os principais fatores que geram mudanças no comportamento das cheias na bacia são aqueles associados à umidade antecedente. Além disso, mas de forma secundária, índices climáticos e precipitação de curto prazo também são relevantes”, alertou.

O boletim aponta ainda a variação da probabilidade em diferentes níveis. O nível de 1,50 m, associado a restrições à navegação em Ladário, tem 87% de chance de ser superado este ano, com base no modelo ajustado. O nível máximo da zona de atenção (2,05 metros) tem chance de 76% ser superado.

Ou seja, existe uma probabilidade de 24% de o rio Paraguai em Ladário permanecer o ano inteiro na zona de atenção para mínimas. A cheia média anual, ou seja, o valor esperado que as cheias normalmente tenham em Ladário que é de 4,51 metros tem apenas 3% de chance de ser observado. Ou seja, existe a probabilidade de 97% de o rio ter uma cheia abaixo da média em 2021.

Desde 1968, o rio Paraguai permaneceu na zona de atenção para mínimas, considerando a lenta recuperação neste ano e com chuvas abaixo das normais ao norte da bacia, onde Cáceres e Cuiabá, em Mato Grosso, o que tudo indica é que este ano continue o alerta para severa estiagem na região Centro-Oeste.

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