No Dia do Ciclista podemos afirmar que sim, o brasileiro descobriu a bicicleta como meio viável para mobilidade urbana! E para mostrar isso, a Betway, um dos maiores sites de caça níquel online no Brasil, fez uma pesquisa e levantou vários dados do setor.
A paixão pelas bikes movimenta o mercado e, também, a própria malha cicloviária em todo o país. Porém, convenhamos que o trânsito não é para amadores, o que exige cautela por parte dos ciclistas.
A descoberta da bicicleta como principal meio de transporte vem na carona de hábitos resgatados nas grandes cidades. O pedal em família foi retomado, além da mudança de perfil do consumidor que, em vez do carro, resolveu tirar a bike da garagem. Ao mesmo tempo em que adota estilo de vida mais saudável, promove a preocupação ecológica.
Entretanto, é necessário prezar pela segurança dos ciclistas. Mesmo que a malha cicloviária tenha crescido substancialmente, boa parte dos usuários ainda se arrisca no meio de carros e ônibus. Como consequência, é grande o índice de acidentes o que, de certa forma, inibe a adoção do veículo como principal meio de transporte.
A história da bicicleta
Registros dão conta de que a primeira bicicleta chegou ao Brasil entre o final do século XIX e o início do século XX. O veículo veio pelas mãos dos imigrantes europeus e logo ganhou o coração dos nativos. Porém, até pouco tempo atrás, o uso era comum nas áreas rurais e periféricas, em razão do baixo custo.
Tendência que vem mudando ao longo dos anos, uma vez que a bike passou a ser vista como solução ao problema de mobilidade nos grandes centros urbanos. Além do trânsito caótico, horas de engarrafamento e ônibus lotados, pedalar também é sinônimo de vida saudável, ou seja, o cidadão uniu o útil ao agradável.
O crescimento do mercado
Segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Bicicletas), 50% das bikes vendidas no país são destinadas à locomoção e transporte. Além da venda do veículo em si, também foi registrado o crescimento na comercialização de acessórios, itens de manutenção e vestuário.
Para se ter uma ideia da adesão, até os meios digitais registram aumento! O Google indica acréscimo médio de 144% na busca de termos relacionados ao ciclismo.
A importância da infraestrutura
Entende-se por malha cicloviária a junção de ciclovias (vias exclusivas para tráfego de ciclistas) às ciclofaixas (faixas delimitadas na pista na qual também trafegam veículos automotores). O crescimento da malha cicloviária foi de 133% nos últimos quatro anos, conforme a pesquisa divulgada pela Betway, com destaque para as cidades de Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
Ainda que tenha havido este crescimento, persiste a falta de infraestrutura relacionada aos espaços para ciclistas. Especialmente nas rodovias que cruzam o perímetro urbano, continua a má iluminação, além da via específica das bicicletas. A triste consequência é o registro de acidentes, muitos deles fatais.
Diante do franco crescimento das bicicletas como meio de transporte, uma cidade do futuro é aquela que adapta 50% dos deslocamentos a pé ou em bicicleta. Isso só será possível com a implementação de políticas públicas que contemplem tal lógica.
Bicicleta e a pandemia
Se existe uma relação contraditória, é a pandemia e o mercado brasileiro das bicicletas. Em fevereiro de 2021, foi publicada a redução gradativa da alíquota de importação de bicicletas. De março até dezembro, o imposto deve ser reduzido de 30% para 20%. Isso é bom? Claro! Mesmo porque os preços caem e o mercado torna-se competitivo.
Mas, ao mesmo tempo em que a procura cresceu, o comércio e a própria indústria estão desabastecidos. O problema é que a maior parte das peças é proveniente da China e, com o boom de vendas apresentado nos dois primeiros meses da pandemia, o país não suportou o excesso de produção.
Em contrapartida, o aumento das vendas em 2020 foi de 50% em comparação a 2019, tanto para bicicletas urbanas quanto mountain bikes. Felizmente, as indústrias, especialmente as localizadas na Zona Franca de Manaus, têm se adaptado para depender cada vez menos do mercado externo. Isso inclui a fabricação própria de peças e insumos.
Outro fator que relaciona pandemia e aumento do mercado ciclístico foi a demonstração de problemas sociais e a imposição do distanciamento social. A bicicleta, então, despontou como solução viável para melhorar a saúde, a mobilidade urbana, a economia e o meio ambiente.
O fato é que a tendência de crescimento continua, uma vez que o consumidor tem buscado a bicicleta como meio de transporte. Atualmente, estima-se que haja uma frota de aproximadamente 70 milhões de unidades no Brasil.
As vantagens de andar de bicicleta
O brasileiro descobriu sua paixão pela bicicleta, o que é amplamente refletido no aumento das vendas e visivelmente sentido no trânsito. Falta apenas estruturar as cidades de forma a resguardar a segurança dos ciclistas, incentivando a adesão ao meio de transporte econômico e sustentável.